Dennis Gray

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Tabela de conteúdo

Apresentação


Nelson, nome de batismo de Dennis Gray, nasceu em Araçatuba, cidade do interior de São Paulo, em 20 de junho de 1928.
Filho de Herculano Theodoro Rodrigues, fazendeiro, engenheiro, dono de cartório e político, e de Irma Ridolphi Rodrigues, esposa submissa e prendada dona de casa, Dennis cresceu como toda criança que morava no interior do Brasil naquela época, cercado por muito verde, fazendo estrepolias na escola e subindo em árvores por ai.
Dennis era bom aluno, frequentador também de aulas de catecismo na igreja e praticamente de natação. Adorava nadar e chegou a ser campeão de salto de trampolim no melhor clube da cidade.
Seu pai, homem austero, de poucas palavras, fechado para demonstrações afetivas, mesmo em família, as vezes se envolvia em brigas por conta da política, levando ele a ter grandes inimigos, devotos amigos, falência e as vezes também sucesso. Assim era a infância de Dennis Gray, uma montanha Russa.
Esse forte envolvimento de seu pai com a política rendeu a Dennis uma grande decepção e tristeza: seu melhor amigo, Celso Eduardo Toledo Matos, afastou-se dele quando a família aderiu ao partido rival ao de seu pai.
Por ser o único filho homem da família, teve sua profissão designada por seu pai ao nascer: Seria engenheiro, porém, tal profissão não despertava interesse do garoto, e com a chegada do circo na cidade, outro dejeso veio a tona, causando um conflito em família.
Dennis Gray tinha 13 anos quando o Circo Dorami chegou a Araçatuba, e logo no espetáculo de estréia ele foi, na companhia de suas irmãs.
Dennis conta que ficou maravilhado com uma bailarina, com sua bela dança e, chegando em casa, tentou se movimentar da forma que ela fazia, ficando na ponta dos pés, usando seu tênis, escondido para que ninguém, principalmente seu pai, o visse.
Até aquele momento Dennis não sabia nada sobre balé, e não havia tido nenhum contato até sua primeira visita ao circo, que se repetiu diversas vezes enquanto o circo esteve na cidade.
Encantado com tudo aquilo, Dennis fez amizade no circo com um palhaço, e logo tratou de inventar a mentira de que era garoto de rua, órfão, pedindo um emprego ao novo amigo. Sem desconfiar de nada, o palhaço conseguiu uma oportunidade para o menino, dizendo a ele que os encontrasse na cidade de Birigui.
Então Dennis fugiu de casa. O circo fôra uma grande experiência, que lhe daria bons frutos para a vida toda.Ele fazia de tudo no circo. Tornara-se aprendiz de trapezista, virava cambalhotas na cama elástica, ganhando apenas a comida e o lugar para dormir, mas estava feliz.
Três meses depois voltou pra casa, mas não por vontade própria. A polícia do Juizado de Menores alertou sua família, que o procurava, e que foram buscá-lo no circo. Chegando em casa recebeu uma surra monumental de seu pai. Dennis escondeu sua revolta, e prometeu a si mesmo que fugiria novamente, mas dessa vez seria para sempre.
A vida continuara, assim como a insatisfação com o relacionamento com seu pai.
Dennis continou sendo o bom aluno de sempre, cursando o ginásio em Araçatuba. As irmãs se casaram, tiveram seus filhos. Sua mãe era sua confidente e compreendia a vocação artística do menino, no entanto, jamais ousaria desafiar o marido.
A solução veio através de um primo, Graco Loureiro, que residia na capital de São Paulo e correspondia-se frequentemente com Dennis. Nas cartas sempre incentivava-o a sair do interior e oferecia sua casa para hospedá-lo em São Paulo. Graco conhecia o meio artístico, ele próprio tomava aulas de canto lírico com a professora Zaíla Ribeiro de São João e desejava tornar-se barítono famoso.
Com esse apoio, vindo do primo, Dennis Gray não hesitou, fez suas malas e mudou-se para São Paulo para tentar a vida.


A Mudança para São Paulo


No dia 31 de dezembro de 1943, Dennis Gray pegou um trem rumo a São Paulo.
Os arranha-céus imponentes, a multidão apressada e a grande quantidade de teatros assustaram, mas logo depois maravilharam Dennis, que para garantir seu sustento arrumou um emprego modesto como contínuo de um jornal, o Diários Associados. O baixo salário dava conta apenas de pagar uma alimentação simples e transporte. Dennis economizava trocados para pode assistir a peças de teatro, tendo ido a apresentações dos mais variados gêneros, da comédia à ópera.
No Teatro Municipal de São Paulo conheceu Joaquim Alvez Lima, que lhe falou de Maria Olenewa e o incentivou a estudar balé com a grande mestra russa, fundadora da Escola e do Corpo de Baile do Municipal do Rio de Janeiro, e que agora estava trabalhando na capital paulista.
Então, antes de completar 3 meses na capital paulista, Dennis apresentou-se para a sua primeira aula com Maria Olenewa, em 14 de março de 1944.


De aluno a profissional


Sua incrível flexibilidade, adquirida através das aulas de natação que teve na infância, a agilidade adquirida em sua experiência como aprendiz de trapezista e sua enorme força de vontade para aprender cativaram a mestra Maria Olenewa.
Logo aos cinco meses de aprendizado, depois de muito suor para executar os pliés e battementes, Olenewa indicou Dennis para ser figurante no balé Paganini, com a Companhia de Colonel de Basil, que fazia temporada no Teatro Municipal de São Paulo, e logo em seguida, no mesmo mês, agosto de 1994, Olenewa deu lugar á Dennis no corpo de baile do Municipal paulistano, dançando as óperas Rigoleto e Carmen e Thaís.
Maria Olenewa era séria em suas aulas, e não permitia deslizes técnicos nem disciplinares. Dennys reconhece que deve muito a ela, até mesmo seu nome artístico, Dennys Gray, foi dado por Olenewa.
Dennis se desdobrava entre as aulas de balé, o emprego no jornal e as aulas que tomava no Ginásio Independente, para completar seus estudos e receber seu diploma.
Olenewa conseguiu, depois de muito esforço e dinamismo, montar um corpo de baile com 33 rapazes no Municipal de São Paulo, do qual Dennis Gray fazia parte. Solicitou ao então prefeito, Prestes Maia, que pagasse um salário mínimo a cada um deles, e recebeu do prefeito a resposta de que a prefeitura não pagaria um tostão a um bando de vagabundos. Tal resposta causou indignação em Olenewa, que logo sugeriu aos seus bailarinos que se mudassem para o Rio e se inscrevessem para fazer parte do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde seu futuro seria mais promissor e digno.


A mudança para o Rio e o prêmio de bailarino revelação


Dennis Gray partiu rumo ao Rio de Janeiro no dia 6 de julho de 1945. Acompanhado de seu grande amigo, Johnny Franklin, alugou um quarto em uma pensão no Largo do Machado e foram logo para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
A primeira etapa era entrar para Escola de Dança do Municipal, portanto os dois logo fizeram sua matrícula na escola. No mesmo ano Dennis já se apresentava no Theatro, dançando um dos faunos da Bacanal ópera Tannhauser de Wagner e um dos marinheiros do balé A papoula vermelha, com música de Gliére.
Em 1945 o Rio de Janeiro, que ainda era capital nacional, tinha o status de principal centro artístico cultural do Brasil. O fim da Segunda Guerra Mundial, com o retorno dos pracinhas que integraram as tropas aliadas na Itália, fomentava a euforia carioca. Havia muitas festas, confraternizações, exposiões de arte, cinemas lotados.
Para Dennis Gray Araçatuba parecia ser cidade de outro país.
No ano seguinte, 1946, Dennis Gray integrou-se ao Ballet da Juventude, criado por Igor Schwezov, e fez também um papel no cinema, interpretando o menino Claw no filme Pinguinho de Gente, a convite de Gilda de Abreu em 1947.
Fez teatro com a companhia de Dulcia de Morais, e entre 1948 e 1949 fez parte do Ballet Society, fundado e dirigido por Tatiana Leskova, dançando Variações Sinfônicas, Masquerade, Bodas de Aurora, além de ter estreado em Coppelia, no papel do artesão fantasista que viria a se tornar seu papel favorito e o tornara conhecido e admirado.
Em 1949, o mestre e coreógrafo tcheco Vaslav Veltchek, que dirigia a Escola de Dança e o Ballet do Municipal, nomeou Dennis Gray primeiro bailarino de caráter <span style="text-decoration: underline;" /> da companhia,e mais tarde nesse mesmo ano, Dennis foi premiado como Bailarino-Revelação de 1949 pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais.
Entre os anos de 1950 e 1960 o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro viveu um de seus maiores momentos sob a direção de Tatiana Leskova
Leskova organizava duas temporadas por ano. Sempre muito exigente com as coreografias e a postura dos bailarinos, fazia com que Dennis Gray se lembrasse de sua grande mestra, Maria Olenewa. Sua passagem pelo Municipal fez com que o repertório da companhia enriquecesse muito, com obras tradicionais e outras coreografadas por ela mesmo.
Leskova valorizava muito bailarinos como Dennis Gray, esforçados e sempre bucando o melhor. Tal postura rendeu a Dennis papeis de destaque em todas as temporadas, e Tatiana Leskova incentivou-o a também se tornar coreógrafo.


Dennis Gray e sua carreira de sucesso


Dennis Gray colecionou vários títulos e prêmios em sua carreira. Entre eles:
• Condecoração pela Marinha e pela Aeronáutica;
• Diplma de Honra da Escola de Samba Portela;
• Prêmio de Bailarno-Revelação;
• Medalha de Ouro como melhor bailarino de temporada (1951);
• Medalha Carlos Gomes (1965);
• Troféu Nijinsky (1968);
• Medalha de Melhor Coreógrafo Brasileiro (1979);
• Prêmio Golfinho de Ouro (1985).

Dennis Gray percorreu diversas cidades do Brasil com suas apresentações, além de ter conquistado a posição de coreógrafo de sucesso.
Uma de suas coreografias fez sucesso internacionalmente.
Em 1960 Dennis foi convidado pela fundadora e então diretora do Ballet do Rio de Janeiro, Dalal Achar, para criar uma obra de tema brasileiro para integrar a temporada de junho de 1690 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Inspirou-se em um conto de José de Alencar, fazendo o livreto e a coreografia de O Garatuja: um desenhista de rua que namora uma jovem suburbana. Com música de Alberto Nepomuceno, cenários e figurinos de Nilson Penna, O Guaratuja estreou no Municipal fazendo grande sucesso. Dennis dançava o papel-título, tendo Alice Colino como parceira.
Um semestre se passou, quando, por recomendação de Margo Fonteyn, a companhia de Dalal Achar apresentou em Londres, no Teatro Drury Lance, em 7 de dezembro de 1960. Até mesmo a Princesa Margareth e a Rainha-Mãe figuravam na cheia e selecionada platéia. No repertório constavam Zuimaaluti de Nina Verchinina, Morte de um passáro de Ismael Guiser, Concerto de Maryla Gremo e O Garatuja de Dennis Gray, todos com música e temática brasileiras.
Foi um sucesso, todas as montagens receberam elogios da crítica e da imprensa, porém, O Garatuja de Dennis Gray foi prefêrencia unânime, tanto por parte do público que não poupou aplausos, quanto por parte da mídia e dos críticos.
Dennis conta que infelizmente não pode viajar com a companhia para Europa, portanto não esteve presente no momento de consagração internacional de sua coreografia. A escassez de dinheiro para custear despesas e passagens acabaram impedindo-no de ir.

A diferença entre primeiro-bailarino de caráter e primeiro bailarino

Como a nomenclatura oficial do balé é em francês, convem explicar que o danseur de caractére recebe formação técnica idêntica a do danseur-noble, destinado a papéis de príncipe e herói central nas obras do período romântico e clássico. Há, sem dúvida, a questão do físico determinando o tipo de papel a desempenhar. Em geral, o modelo do danseur-noble requer um rapaz alto, de preferência com cara de galã, elegante, naturalmente en-dehors, ou seja, com as pernas voltadas para fora, tal como estipulam as cinco posições básicas das quais partem os passos a serem executados. Isto, porém, não significa que um danseur noble tenha mais valor artístico do que o danseur de caractére. A questão prende-se a uma esética convencional. O danseur de carctére – chamado bailarino de caráter na nossa língua – deve ser um ator versátil, um mímico profundamente expressivo, ter extrema agilidade e dominar com mestria a técnica de eletrizantes danças folclóricas.

O coreógrafo


Dennis gostava de criar coreografias bem diferentes, prezando o ecletismo em suas criações. Inspira-se tanto em tragédias como em contos de fada para criar.
Grande parte de suas coreografias foram feitas para o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e para a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, na qual Dennis começou a dar aulas na década de 1950. Dennis também recebia encomendas e convites de diversas companhias, como o Ballet do Rio de Janeiro de Dalal Achar, o Ballet Norma Lília de Brasília, o Ballet Eleonora Oliosi de São José dos Campos-Sp, o Grupo Corpo Livre de Juiz de Fora-MG, o Grupo Chemale de Porto Alegre-RS, a Companhia Brasileira de Ballet Regina Ferraz do Rio de Janeiro, o Grupo Halina Biernacka de São Paulo, e também o Projeto Aquarius, promovido pelo jornal O Globo. Algumas outras contaram com a contribuição de Dennis como coreógrafo, porém ele conta que foram tantos trabalhos que ele não consegue se lembrar de todos.
Foi colaborador na academia de Eugenia Feodorova e Slava Goulenko, e também na de seu amigo Johnny Franklyn, além de ter sido parceiro de Dalal Achar por vários anos, coreografando e lecionando em sua academia.
Em 1970 foi contratado pelo Teatro Rivera Indarte, de Córdoba- Argentina, para remontar e dançar Carnavália e Rythmetron, além de ter feito criações para as tournéés de Ana Botafogo, Nora Esteves e Cecília Kerche.
Dennis Grey guarda muitas boas recordações de sua carreira, mas duas delas tem espaço especial em sua memória: a montagem Doutor Coppelius, que ele Interpretou pela primeira vez em 1948, no Teatro Fênix, com o Ballet Society, direção de Tatiana Leskova, e se tornou seu papel favorito, e também de seu trabalho de coreógrafo em La traviata, montada por Franco Zeffirelli em 1979.


O trabalho no SESI do Ceará


Em 1973 Dennis Gray levou a Fortaleza o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, apresentando algumas de suas coreografias como Rondó caprichoso, Tristão e Isolda, Carnavália, e O descobrimento do Brasil, de Tatiana Leskova e Eugenia Feodorova.
Por seu brilhantismo e excelente trabalho, Dennis foi convidado por Thomaz Pompeu de Souza Brasil Neto, diretor geral do SESI e presidente da Confederação Nacional da Indústria, para fundar e dirigir uma escola de dança clássica e moderna no SESI, dando aulas para filhos e filhas de operários.
Mesmo com muitos amigos dizendo que aquilo não iria dar certo, Dennis Gray pediu licença à direção do Theatro Municipal e mudou-se para Fortaleza, montando a escola de dança junto ao SESI.
Dennis conta que sua primeira surpresa foi a grande aceitação das famílias operárias ao fato de seus filhos fazerem balé, diz ter sido bem melhor do que a de famílias de classe média e classe média alta.
A Escola de Dança Clássica e Moderna do SESI-Fortaleza começou a funcionar em março de 1974. A primeira turma tinha cem alunos com idade entre 8 e 14 anos, todos filhos de operários. A estrutura do SESI era maravilhosa. Havia piscina olímpica, refeitório, cozinha sob orientação de nutricionistas, auditório dotado de moderno equipamento moderno de som e iluminação, e a sala de dança, que era o interesse maior de Dennis, era impecável.
Com pisos especiais, assim como os encontrados nas melhores academias e teatros do mundo. Malhas, leotarde e sapatilhas eram fornecidas gratuitamente para os alunos, ou seja, Dennis e os jovens filhos de operários dispunham de todo material necessário para fazer daquilo um sucesso.
Em 1976, dois anos depois da formação da escola, Dennis apresentava junto com 53 alunos o clássico Cinderela, que foi um grande sucesso de estréia para os alunos.
A diretora do SESI convidou jornalistas do Rio de Janeiro e de São Paulo para assistir a estréia da jovem e promissora companhia dirigida por Dennis Gray.
Depois do primeiro grande sucesso, Dennis e seus bailarinos e bailarinas começaram a trabalhar para ampliar seu repertório. Logo talentos se afirmaram na companhia e Fortaleza entrou no mapa dançante brasileiro, através dos filhos e filhas de operários que tinham grande talento e se dedicavam de corpo e alma a arte da dança.
Com todo trabalho, os espetáculos começaram a surgir e a agenda da companhia enchia gradativamente, houve, inclusive, uma apresentação em Brasília, da qual a então primeira-dama, Luci Geisel, esteve presente e proferiu vários elogios..
Logo a Escola de Dança Clássica e Moderna e sua companhia se tornaram notícia no Primeiro mundo, porém, lamentavelmente com a aposentadoria de Thomaz Pompeu e a mudança direção do SESI, no final de 1978, a Escola e a companhia tiveram fim.
Dennis diz que não se arrepende por um momento sequer de ter trocado o Municipal pela Escola em Fortaleza, e que apesar de a Escola ter acabado, ela rendeu muitos frutos. Muitos bailarinos que tiveram sua iniciação na dança pela Escola hoje são professores de dança e bailarinos em grandes companhias do Brasil e do exterior.
Com o término de sua aventura no Ceará, Dennis Gray decidiu voltar ao Rio de Janeiro para reintegrar a Companhia do Municipal, porém, para sua surpresa, seu nome não figurava mais entre os bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O diretor do Theatro não aceitou prolongar sua licença e demitiu-o sem nem mesmo avisar.
Dennis fez uso de seus conhecimentos, e conseguiu uma carta de D. Luci Geisel, esposa do presidente Geisel, que fez com ele fosse reintegrado ao Municipal, porém, seu salário jamais foi condizente com sua posição.
Dennis Gray já foi convidado inúmeras vezes para se estabelecer em outros países, como Inglaterra, Portugal e Alemanha, porém todas as vezes algum imprevisto aconteceu fazendo-o voltar para o Brasil ou nem mesmo embarcar para a viagem, o que para ele nunca foi problema uma vez que sua vontade de sair do país sempre fora menor do que a de permanecer.
Aliando a calma e a exigência de perfeição de um veterano, com o nervosismo e emoção de um estreante, Dennis se consagrou como bailarino e coreógrafo, deixando um rico legado para a dança no Brasil, em seus alunos, que professam de acordo com os ensinamentos que seu grande mestre e amigo os deu.
Dennis Gray se tornou um artista completo. Sempre muito estudioso e esforçado, tudo no teatro despertava interesse de Dennis. Fez mimíca, interpretação, canto, cenografia, iluminação, música, mas balé sempre foi sua prioridade, servindo de lição e exemplo de dedicação e sucesso para todos.

Algumas das coreografias criadas por Dennis Gray:
• Galope moderno;
• Eterno triângulo;
• O cisne Tuonela;
• Tragédia dançante;
• O composito;
• Cinderala;
• Pesadelo;
• Labirinto;
• Concerto romântico;
• O Pacto
• Vitória-Régia
• Criaturas de Prometeu Carnavália;
• Sonada de outono;
• Sarai de sinhá;
• Promenade;
• Retrospecto e Ati-o-non;
• Enigma;
• Ouverture;
• Crianças na era da paz;
• Homenagem a Tchaikovsky;
• Mozartiana;
• Nouages;
• Bacantes e Dança na corte;
• Sorelles;

Fonte

Portinari, Maribel

Dennis Gray: Eterno em cena/Maribel Portinari- Rio de Janeiro

Funarte: Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro; 1

64p.: - (Série Memória do Theatro Municipal do Rio de Janeiro;1)

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