E por falar em dança... Programa 05 - 25/08/2009

De Wikidanca

Edição feita às 22h53min de 6 de agosto de 2013 por Gabriel Lima (disc | contribs)
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Tema do Programa: Dança e Artes Plásticas

Neste último século, a dança moderna e a dança contemporânea dialogaram com as artes plásticas de forma intensa. Um importante exemplo dessa relação foi Merce Cunningham, o genial coreógrafo americano falecido no final de julho aos 90 anos. Pintores como Robert Rauschenberg e Jasper Jones, além de terem criado belíssimos cenários para suas peças, foram conselheiros artísticos da companhia de Cunningham. Junto com ele e o músico John Cage, experimentaram a riqueza do convívio e da troca de procedimentos entre diferentes linguagens. Em outros casos, a pintura serviu de inspiração para a dança, como acontece na peça Vermelho Cádmio, da Cia. Márcio Cunha Dança Contemporânea, que reestreia nesta sexta-feira e fica em cartaz até o dia 06 de setembro no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto. É com Márcio Cunha que vamos conversar hoje.


Entrevista: Márcio Cunha

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Silvia Soter:

Para essa peça você buscou inspiração nos quadros o pintor americano Andrew Wyeth. Por que a escolha desse pintor?


Márcio Cunha:

Bem, eu já conhecia as obras desse pintor já há algum tempo, sempre gostei muito das obras dele, e a escolha se deu justamente pela relação dramatúrgica das figuras que ele pinta. Todas as obras que eu conheço dele, eu nunca vi duas figuras num mesmo quadro. Ele pinta figuras solitárias e ele é um pintor realista. Ele começa pintando essas obras buscando nas figuras dos Estados Unidos, pessoas, vizinhos, familiares e pessoas próximas dele referência para as pinturas, o que me fez buscar também intérpretes específicos, como Frederico Paredes, Giselda Fernandes, que têm, assim como nas obras desse pintor, essa carga dramatúrgica, esse tempo vivido, são figuras mais velhas. Então nesse projeto eu resolvi investir nessas figuras específicas, com olhar bem direcionado.


Silvia Soter:

E Márcio, como é que você acha que as artes plásticas dialogam com a dança, de uma forma mais geral? Além, obviamente, do caso dessa pintura, da sua inspiração.


Márcio Cunha:

A gente, na verdade, num estudo anterior, estava tentando entender, assim, uma das questões, das perguntas que a gente faz, a relação espacial, entre a bidimensionalidade que existe na pintura e a tridimensionalidade que existe na dança. Como que gente pode transpor ou então transformar, essa pergunta eu acho básica na Cia. Como é que a gente pode trazer a sensação de uma pintura para a dança? As duas trabalham com o visual. A gente está falando aí de artes visuais. E a dança é na sua peculiaridade, ela tem a possibilidade de estar sempre reconstruindo, diferente da pintura, que tem uma coisa estática apesar de ter muito movimento.


Silvia Soter:

E você falou de um trabalho anterior. Você já tinha trabalhado com essa relação na sua peça anterior?


Márcio Cunha:

Já trabalhava e foi no Tela Azul, com um pintor japonês chamado Taizi Harada. Só que a pesquisa era um pouco diferente, já que a gente ficava mais atento à relação espacial que ele desenvolveu e também a relação que o pintor estabelecia com a construção dos quadros. Então ele era muito intuitivo, começava pintando uma tela toda de azul e depois ele ia sobrepondo as imagens, então foi em cima desse enfoque.


Silvia Soter:

E só uma última pergunta: nos dois títulos das obras você fala de cor. Como é que é essa relação? Por que o Vermelho Cádmio agora e o Tela Azul. O Tela Azul você explicou, porque esse artista trabalhava com azul. E o Vermelho Cádmio ?


Márcio Cunha:

Vermelho Cádmio eu escolhi por causa da temperatura do espetáculo. Eu também pinto e desenho e uma das cores que eu gosto e uso bastante é o vermelho e eu achava na construção desse trabalho que eu tinha essa temperatura e aí eu escolhi esse nome.


Momento Solo

Essa é uma forma bem prática de relaxar a tensão dos ombros e do pescoço. Oce vai levar uma toalha de banho para o chuveiro. Vai colocar a toalha como um xale envolta dos ombros, pegando um pouquinho a parte de trás do pescoço. Deixe a água quente molhar a toalha e fique alguns minutos com esse xale úmido e aquecido. Respire tranquilamente, aproveite para sentir a cabeça se opondo à direção dos pés e aproveite.


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--Gabriel Lima 19h53min de 6 de agosto de 2013 (BRT)

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