Gisèle Santoro

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Introdução

Mâitre de Ballet, Coreógrafa, Professora, Coordenadora e Diretora Artística do Seminário Internacional de Dança de Brasília


As histórias de Gisèle Santoro e sua dança se misturam com a história de Brasília, a começar pelo momento em que dançou no espetáculo comemorativo à inauguração de Brasília. Em 1962, Gisèle Santoro retorna a Brasília para apresentar-se com a Fundação Brasileira de Balé e nesta ocasião conhece seu futuro marido, Claudio Santoro (1919 - 1989).


Formada pela Escola de Danças Clássical do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, já tinha interesse pela docência quando foi assistente de Leda Iuqui e Berta Rozanova. Iniciou sua docência em Brasília na antiga sede do Bancrevea, cedida pela Direção do Banco de Crédito da Amazônia, até 1965. já naquele tempo sonhava em formar um Corpo de Baile e uma Escola Oficial. Em 1965,a UnB entrou em Crise e 280 professores deixaram a instituição, entre eles o maestro Cláudio Santoro que foi exilado e Gisèle Santoro o acompanhou, deixando o país por mais 10 anos.


Desenvolveu projetos que oferecia aulas de dança às escolas públicas e preparou uma audição para formar o almejado Corpo de baile que também atuaria como professores da escola, mas essa iniciativa não vingou. Com o golpe de 1964, os aeroportos foram fechados e os bailarinos de outros estados não puderem comparecer à audição. O concurso público para preencher as vagas da futura Escola de Dança e Corpo de Baile de Brasília foi anulado já que as candidatas que compareceram não foram aprovadas.


Dentre seus professores destacam-se Leda Iuqui, Nina Verchinina, Lennie Dale, Berta Rozanova, Mary Wigman e de Eugênia Feodorova (sua orientadora na pós-graduação na Fundação Brasileira de Ballet), entre outros com quais teve a oportunidade de estudar em seus cursos de aperfeiçoamento nos EUA e na Europa.


Retornando do exílio em 1978, foi convidada pela Secretaria de Educação e Cultura a fundar e dirigir a Escola Profissional de Dança que deveria funcionar no atual Centro de Dança do DF. Infelizmente, o prédio era da Petrobras e estava condenado. Assim sendo decidiu-se que a Escola seria instalada na Escola de Música de Brasília, porém, com a mudança do Governo, tudo caiu por terra. O prédio só foi passado para o GDF por ocasião da criação da Fundação Ballet do Brasil e ficou na Terracap até 1995, quando Gisèle Santoro assume a Coordenação de Intercâmbio Cultural da Secretaria de Cultura e Esporte do Distrito Federal (1995-1999)e tenta novamente instalar a Escola Profissional de Dança, que novamente, com a mudança de gestão, acabou não sendo implantada. Em meio a inúmeras tentativas, Gisèle Santoro monta sua própria Academia, o Balé de Câmara Gisèle Santoro e o Ballet de Brasília.


Na década de 80 inicia a realização dos Cursos Nacionais de Aperfeiçoamento em Dança e nos anos 90 concretizará um dos maiores eventos internacionais de dança do país, realizado até os dias de hoje, trazendo grandes profissionais à Brasilia e colocando os bailarinos brasileiros em contato com instituições de outros países, articulando bolsas de estudos com instituições européias com as quais se torna parceira.


Sua atuação profissional como Mâitre de Ballet, Coreógrafa, Professora não se restringiu ao Brasil, sendo diversas vezes convidada para trabalhar no exterior, nos mais diversos países, dentre os quais: Itália, Alemanha, França, Áustria, Estados Unidos (New York, Buffalo, Miami, Iowa, Boston e Los Angeles), Austrália (Melbourne, Sidney), Paraguai, Rússia, Japão e Uruguai. Além disso foi jurada em concursos nacionais e internacionais de dança, sempre de olho em grandes promessas da dança. Também atuou como Membro do Júri de Seleção do Prêmio Estadão de Cultura. Em 1992 foi convidada por Uwe Scholz para ser Maître de Ballet da Ópera de Leipzig.


Atua como consultora da CAPES e do CNPq, para concessão de bolsas para doutoramento no exterior e da Caixa Econômica Federal para concessão de patrocínios . É representante na América Latina da Federação Nacional Interprofissional de Dança da França, membro da Academia de Música e Letras de Brasília (ALMUB), Fundadora e Secretária Executiva da Associação Cultural Claudio Santoro (criada em 1995 em homenagem ao maestro e parceira do Seminário Internacional de Dança de Brasília desde 1996), Presidente da Associação dos Profissionais de Dança do DF, membro da Associação dos Bailarinos Profissionais do DF, além de assumir a Coordenação e Direção Artística do Seminário Internacional de Dança de Brasília.

Premiações

Dentre as distinções de que foi alvo, destacam-se:

Ordem do Mérito de Brasília,

Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes,

Medalha de Honra da Prefeitura de Garches (Paris, França),

Troféu Fashion Night (Melhor do Ano na Área de Dança),

Medalha de Mérito Carlos Gomes (ALMUB),

Medalha de Mérito da RV Promoções,

Troféu Anatel e Fulbright Commission Fellowship,

Medalha da Staat. Ballettschule Berlin,

Medalha do Concurso Internacional de Dança de Osaka,

Troféu II New Fest Dance de Campos de Jordão,

Troféu Partner de Dança de Salão,

Troféu do 4º. Festdança de Goiânia,

Troféu do XXII Festival Nacional de Dança do CBDD,

Troféu Taguatinga Dança 2005,

Troféu III Mostra de Dança de Mato Grosso,

Troféu Associação Nacional de Dança de Salão/ANDANÇAS.

Eleita por jornalistas como uma das Mães que representam Brasília.

Escolhida pelo Ministério da Cultura como uma das cinco personalidades do país como "“Mulheres que fazem Cultura”, em 2005.


Referências

Conversa com Gisèle Santoro via e-mail (outubro de 2011);


De CUNTO, Yara e MARTINELLI, Susi. A História que se Dança: 45 anos do movimento da Dança em Brasília. Concepção e Organização: Yara De Cunto, Texto: Susi Martinelli. 2005.

Gisèle Santoro no site da Associação Cultural Claudio Santoro

Festival Internacional de Dança de Brasília - Dance Brasil



Agradecimento à Gisèle Santoro que gentilmente colaborou disponibilizando informações de seu arquivo pessoal para elaboração deste verbete.

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