José Rezende

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“Aqui nesta terra nós temos de ‘meter a cara’ e esperar o resultado”. Se dependesse de incentivo, patrocínio ou reconhecimento locais, o jovem Rezende, que deixou Manaus ainda nos primeiros anos de sua infância para estudar na Escola de Dança do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, não teria alçado os mais altos degraus da vida artística.


Uma de suas primeiras mestras foi Maria Oleneva, a fundadora da Escola de Dancas Clássicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e criadora do primeiro corpo de baile do Brasil. Além dela, o amazonense estudou com Tatiana Leskova, Ismael Guiser e, especialmente, com Nina Verchininna, a precursora da dança moderna no Brasil, em cuja companhia de dança Rezende teve o privilégio de dançar.


Rezende queria ampliar os seus horizontes. Foi assim que ele desembarcou na Europa em busca de mais conhecimentos e experiências: aulas em Zurique com Bóris Kniassef, em Paris com Nora Kisse e Madame Preobajenska, e em Londres com Rex Reed, o coreógrafo do Australian Ballet, que o convidou para integrar a sua própria companhia de dança, levando-o nas várias turnês que o seu conjunto inglês realizou pela Europa.


Foi na Europa que Rezende fez as suas mais importantes apresentações. Dançou em Paris em 1956 e na Espanha (ao lado do bailarino Pedro de Córdoba).


De volta ao Brasil, integrou o elenco do Ballet Brasileiro da Bahia ao lado de Márcia Haydée e Richard Cragun, sob a direção de Dalal Achcar. Em 1959, foi convidado a participar do Ballet Acadêmico Metropolitano como primeiro bailarino. Em 1967 teve a honra de dançar no espetáculo inaugural do Teatro Castro Alves, apresentando-se com a Companhia Nacional de Ballet. Trabalhou também no Teatro Municipal do Rio de Janeiro por mais de 27 anos, se destacando em várias produções.


Em Manaus, além das aulas na academia, José Rezende se dedicou a 12 anos de trabalho no Teatro Amazonas, onde tentou estabelecer um grupo que formasse a base de um futuro corpo de baile.


Dos vários prêmios que recebeu ao longo de sua carreira, destacam-se a Medalha de Mérito Artístico de Dança que o Conséil Internacional de La Danse (Cidd – Unesco) lhe concedeu e a nomeação, em 1988, para exercer o cargo de delegado do Conselho Brasileiro de Dança (CBDD), no Amazonas.


José Rezende manteve sua Escola por mais de 30 anos, acompanhado da pianista Jerusa Mustafa na execução de partituras de música para exercícios de balé durante suas aulas e, principalmente, nos espetáculos como pianista convidada.


Hoje o precursor da dança no Amazonas fechou as portas de sua escola, mas deixou o seu legado da dança clássica em Manaus e continua recebendo prêmios e homenagens no Estado. A mais recente homenagem a José Rezende foi no II Festival Amazonas de Dança, em 2010.



Gabihortencio 00h47min de 12 de abril de 2011 (BRT)Gabihortencio

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