Marcelo Gabriel

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Criador, diretor, ator, dançarino, escritor e videomaker. Em 1987 fundou a Companhia de Dança Burra, por meio da qual ele busca realizar “ uma dança de resistência, um teatro físico que se baseia num depoimento pessoal e intransferível”.


Marcelo Gabriel


A revista alemã TanzAKtuell já o definiu como “ um dos mais contundentes representantes da cena brasileira de dança”. A obra do artista se compõe essencialmente de solos.


Jornal Estado de Minas


É praticamente impossível falar em Marcelo Gabriel e sua Companhia de Dança Burra sem mencionar palavras como contestação, protesto, política. Mais uma vez sozinho em cena, Prêt-à-porter de vísceras parte 2, montagem que pretende ser coerente com a trajetória crítica que ele percorre desde 1987.


Continuação do trabalho apresentado em 1996 na Bienal de Artes de São Paulo, o espetáculo se apoia na metáfora das entranhas humanas para questionar a posição dos livres pensadores na sociedade contemporânea. “É muito difícil o artista desenvolver uma obra coerente sem a perspectiva da liberdade. No panorama das artes, atualmente as pessoas não podem se manifestar. Existe um consenso sobre o que é materialmente viável. Esse tipo de raciocínio atrapalha a valorização do nível cultural de um país”, alfineta.


Adepto do teatro físico, Marcelo Gabriel acrescenta pitadas circenses à linguagem que tem a dança e o vídeo como elementos. Nas imagens, por exemplo, ele aparece de cabeça para baixo. “Como a situação mundial está de ponta-cabeça, aproveitei esse signo que também existe no circo. Uso as técnicas circenses para comentar as fraturas nacionais”, diz. A pobreza, a educação precária, a banalização da classe média, a institucionalização das esquerdas são temas que estão sob a mira do artista.


A leveza dos tempos atuais não me convence. O ser humano tem questões importantes e antigas para serem resolvidas. Elas estão maquiadas em uma nova roupagem contemporânea”, critica. Dessa forma, mesmo que o circo esteja no espetáculo, não se trata de uma visão clichê. “Quis explorar um viés que não fosse óbvio. É o lado do circo de horrores, que, às vezes, me parece a realidade nacional, em que tudo é possível, plausível, alcançável, mas nem tanto”, completa.


Prêmios

  • Recebeu dois prêmios APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte;
  • 1995 pelo espetáculo O Estábulo de Lixo (melhor concepção);
  • 1996 pelo espetáculo O Nervo da Flor de Aço (melhor interpretação).
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