Maria Olenewa

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Maria Olenewa nasceu em Moscou, capital da Rússia, no ano de 1896.
Olenewa começou a estudar balé ainda menina, na Academia de Dança Malinowa em Moscou, até que, em 1916, mudou-se para Paris com sua família, fugidos da revolução bolchevique.
Em Paris, Olenewa deu continuidade aos seus estudos com Lídia Nelidova e Alexander Domadof, participou da temporada de óperas e bailados do Theatre des Champs Elysées e depois ingressou na Companhia de Anna Pavlova onde se tornou primeira bailarina.
Em 1918 veio pelo Brasil pela primeira vez, em excursão com a companhia de Pavlova, e depois, em 1921, voltou ao país, dessa vez fazendo parte da companhia formada por Leonide Massine.
Porém, apesar das excursões de sucesso pela América do Sul e dos vários espetáculos que fez parte, foi em Buenos Aires que Maria Olenewa teve seu talento reconhecido e reverenciado.
Em 1923 Olenewa dançou a Dança dos Sete Véus, da Ópera Salomé, regida pelo austríaco Richard Strauss, que teceu calorosos elogios após esplendida apresentação da bailarina.
Foi também em Buenos Aires que Olenewa iniciou sua carreira como professora, atuando como diretora da Escola de Dança do Teatro Cólon no período de 1922 a 1924.
Passada a temporada na Argentina, Maria Olenewa veio para o Brasil, dessa vez em definitivo.
Em 1926 mudou-se para o país e, um ano depois, fundou ,junto ao crítico teatral Mário Nunes, a Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (atual EEDMO).
A escola, que foi a primeira profissionalizante de ballet no país, foi oficializada como escola do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1931, e graças a escola, uma geração pioneira de bailarinos foi formada, tornando possível a criação do Corpo de Baile do Theatro Municipal, em 1936.
Em 1937, Olenewa promove Madeleine Rosay, a primeira-bailarina, figura central do balé Petrouchka, musicado por Stravinsk – que, junto a Bazar de Bonecos, Imbapara, Les Sylphides, El Amor Brujo, dentre outros -, formou o programa de quatro espetáculos de Companhia.
Nos anos seguintes, Maria Olenewa atuou também como coreógrafa, assinando os trabalhos Amaya, Maracatu do Chico Rei, Príncipe Igor, Daphnis e Chloé, e Folhas de Outono. Olenewa, porém, teve em seu auxílio a importante figura de Vaslav Veltchek, bailarino e coreógrafo tcheco, que veio do Teatro Chatelêt e da Ópera Comique de Paris, e que aqui desembarcou às vésperas da década de 1940.
Por problemas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, acabou afastando-se do cargo, mudando-se para São Paulo em 1943, onde assumiu a Escola de Bailados do Teatro Municipal da cidade, e reinicia o trabalho que havia começado no Rio de Janeiro.
Em 1947, após estar a quatro anos na cidade de São Paulo, abriu sua própria escola, o Curso de Danças Clássicas Maria Olenewa, que deu origem ao São Paulo Ballet.
Olenewa dedicou 38 anos de sua vida a carreira, desenvolvendo atividades pedagógicas no país, remontando grandes obras do repertório clássico internacional e coreografando diversas obras tendo como base composições nacionais.
Recebeu diversos prêmios e homenagens pelo magnífico trabalho que realizou e por toda a dedicação dada a dança.
Permaneceu a frente do do Curso de Bailados Maria Olenewa, em São Paulo, até 1965, quando desesperada por um diagnóstico médico errado, que dizia que ela tinha câncer, decide acabar com sua própria vida.
Uma das maiores homenagens que recebera fora ter seu nome na Escola de Danças Clássicas do Municipal do Rio de Janeiro<span style="text-decoration: underline;" />, que em 1982 passou a se chamar Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.

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