Marilene Melo

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Paralelo a isto, Melo iniciou seu trabalho com crianças e adolescentes. Conforme as aulas e espetáculos, Marilene e seus alunos percebiam que o trabalho progredia e verificaram que havia uma necessidade de criar um grupo forte, no qual pudessem realizar um trabalho mais sério e engajado com dança. Surgiu então o Grupo Encarte, que rompeu as fronteiras do Pará, posto que foi o primeiro grupo a ser premiado fora do Estado. Ricardo Risuenho, por exemplo, ganhou prêmio nacional de melhor bailarino, o grupo também ganhou premiação do [[Festival de Dança de Joinvile]], nos anos de 1991 e 1992.  
Paralelo a isto, Melo iniciou seu trabalho com crianças e adolescentes. Conforme as aulas e espetáculos, Marilene e seus alunos percebiam que o trabalho progredia e verificaram que havia uma necessidade de criar um grupo forte, no qual pudessem realizar um trabalho mais sério e engajado com dança. Surgiu então o Grupo Encarte, que rompeu as fronteiras do Pará, posto que foi o primeiro grupo a ser premiado fora do Estado. Ricardo Risuenho, por exemplo, ganhou prêmio nacional de melhor bailarino, o grupo também ganhou premiação do [[Festival de Dança de Joinvile]], nos anos de 1991 e 1992.  
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Até o final dos anos 90, o trabalho corporal de Melo foi voltado para a dança contemporânea e se resumia em aulas e métodos para pessoas tidas fisicamente “normais”. Entretanto, por volta dos anos 2000 e 2001, a professora começou a desenvolver uma nova pesquisa, no qual abrangia corpos diferenciados, isto é, Iniciou-se um trabalho voltado para pessoas que apresentam deficiências físicas. Um período de novos desafios e superações. O desejo de Marilene com essa nova proposta de trabalho surgiu da vontade de realizar algo diferenciado na dança contemporânea, foi quando ela pensou na inclusão de pessoas deficientes na arte. Assim, ela começou a participar de projetos, oficinas e seminários de inclusão promovidos pelo IAP [[Instituto de Artes do Pará]], em instituições que forneciam oportunidades de realizar esse tipo de pesquisa.  
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Até o final dos anos 90, o trabalho corporal de Melo foi voltado para a dança contemporânea e se resumia em aulas e métodos para pessoas tidas fisicamente “normais”. Entretanto, por volta dos anos 2000, a professora começou a desenvolver uma nova pesquisa, em que abrangia corpos diferenciados, isto é, iniciou um trabalho voltado para pessoas que com deficiências físicas. Um período de novos desafios e superações. O desejo de Marilene com essa nova proposta de trabalho surgiu da vontade de realizar algo diferenciado na dança contemporânea, foi quando ela pensou na inclusão de pessoas deficientes na arte. Assim, ela começou a participar de projetos, oficinas e seminários de inclusão promovidos pelo [[Instituto de Artes do Pará]] (IAP), em instituições que forneciam oportunidades de realizar esse tipo de pesquisa.  
== Grupo Roda Pará  ==
== Grupo Roda Pará  ==

Edição de 22h14min de 11 de março de 2011

Por Adriana Di Marco Neves

Nasceu no Estado do Amazonas, mas foi morar na cidade de Belém do Pará com cerca de oito aos de idade. Na sua infância já gostava de dançar, uma vez que ficava rodopiando pela casa, brincava de ser bailarina, sem saber que no futuro iria seguir na sua vida a arte corporal.

Tabela de conteúdo

Formação

Cursou no ensino superior a graduação de Psicologia, na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde estudou apenas um ano, posto que na década de 70 foi implantado o curso de Licenciatura em Educação Física em Belém, o que fez Marilene Melo optar por este, já que admirava o trabalho com o corpo. Logo, decidiu abandonar Psicologia e ser discente da primeira turma de Educação Física na cidade. Após se formar, começou a trabalhar, dançar e pesquisar dança.

Trabalhos

Depois de alguns de experiência, conseguiu abrir uma academia que denominou de “Academia Marilene Melo”. Iniciou nos anos 80, com uma clientela pequena, mas que depois cresceu e se tornou conceituada. Desta academia, saíram pessoas que hoje são profissionais da dança, a exemplo de Ricardo Risuenho, Guilherme Repilla, Leonora Leal, Waldete Brito e entre outros. Considera-se que foi um período transformador da arte corporal em Belém.

Paralelo a isto, Melo iniciou seu trabalho com crianças e adolescentes. Conforme as aulas e espetáculos, Marilene e seus alunos percebiam que o trabalho progredia e verificaram que havia uma necessidade de criar um grupo forte, no qual pudessem realizar um trabalho mais sério e engajado com dança. Surgiu então o Grupo Encarte, que rompeu as fronteiras do Pará, posto que foi o primeiro grupo a ser premiado fora do Estado. Ricardo Risuenho, por exemplo, ganhou prêmio nacional de melhor bailarino, o grupo também ganhou premiação do Festival de Dança de Joinvile, nos anos de 1991 e 1992.

Até o final dos anos 90, o trabalho corporal de Melo foi voltado para a dança contemporânea e se resumia em aulas e métodos para pessoas tidas fisicamente “normais”. Entretanto, por volta dos anos 2000, a professora começou a desenvolver uma nova pesquisa, em que abrangia corpos diferenciados, isto é, iniciou um trabalho voltado para pessoas que com deficiências físicas. Um período de novos desafios e superações. O desejo de Marilene com essa nova proposta de trabalho surgiu da vontade de realizar algo diferenciado na dança contemporânea, foi quando ela pensou na inclusão de pessoas deficientes na arte. Assim, ela começou a participar de projetos, oficinas e seminários de inclusão promovidos pelo Instituto de Artes do Pará (IAP), em instituições que forneciam oportunidades de realizar esse tipo de pesquisa.

Grupo Roda Pará

Surdiu então o Grupo Roda Pará, primeira companhia a fazer parte da “Arte sem barreiras”, política internacional inserida no Brasil pela Fundação Nacional de Arte (Funarte) que visa à inclusão de pessoas com deficiências no mundo das artes. Nesta época, mais de 200 projetos foram inscritos na Funarte de todo o país, contudo apenas 5 foram selecionados e o de Marilene Melo foi um deles. Assim, ela decidiu fechar a Academia que mantinha e dedicar-se exclusivamente n Roda Pará.

O grupo trabalha com cadeirantes e já possui dez anos de atividade. A rotina dos ensaios baseava-se em várias etapas. Primeiro, Marilene desenvolve uma pesquisa individual, para depois ensaiá-la junto aos bailarinos. Depois, cada discente realiza exercícios individuais e cria coreografias, de forma a afiná-las para espetáculos.

Neste processo, o grupo já obteve participações especiais em eventos como o Encontro Internacional de Dança do Pará (Eidap), no qual foram premiados na categoria de “portadores de necessidades” durante dois anos consecutivos. Ganharam também aprovação em editais e prêmios vinculados à Secretaria de Cultura do Estado (Secult). O grupo também já recebeu por projetos de pesquisa ligados à atividade no Roda Pará como o prêmio “Além dos Limites”, da Funarte e nos editais do Instituto Itaú Cultural. Além desses, a companhia de Marilene Melo com muito esforço e dedicação leva a arte sem fronteiras para diferentes lugares. Atualmente, apenas quatro bailarinos ainda constam na companhia. Dois deles são deficientes físicos. Hoje, Marilene Melo com mais de 60 anos continua permanente em seu trabalho, superando desafios, levando ainda lições de vida, aprendendo a lidar com limitações e dificuldades.

REFERÊNCIA

http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?

modulo=248&codigo=396156
http://holofotevirtual.blogspot.com/2010/01/entrevista-trajetoria-de-marilene-melo.html

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