Bienal Internacional de Dança do Ceará
De Wikidanca
(Criou página com 'A Bienal do Ceará este ano direciona uma atenção especial a questões relativas aos repertórios coreográficos e seus processos de transmissão nos contextos de produção, d...') |
|||
Linha 1: | Linha 1: | ||
- | + | [[Arquivo:Bienal de Dança.jpg]] | |
+ | |||
+ | |||
+ | Criada em 1997 pela necessidade de ampliar o cenário da dança contemporânea no Ceará, a Bienal Internacional de Dança do Ceará desencadeou uma série de conquistas no Estado. Uma delas foi a implantação do Colégio de Dança do Ceará, que trouxe formação gratuita para bailarinos, coreógrafos e professores por um período de quatro anos. Desde então, vários artistas cearenses passaram a frequentar a lista de nomes contemplados por editais, programas e eventos na área de dança, tais como o Itaú Cultural Rumos Dança, o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros, a Bolsa Vitae, a Caravana Funarte, o Dança Brasil, o Fora do Eixo, a Bienal Internacional de Dança de Santos, entre outros. Seus espetáculos ocupam ainda uma boa parcela da programação da Bienal. | ||
+ | |||
+ | A função formativa é um dos traços marcantes da Bienal Internacional de Dança do Ceará, que vem ganhando cada vez mais consistência e importância, com ações que se mantêm entre um festival e outro. O evento torna-se assim um veículo agenciador de informações, encontros, intercâmbios, colaborações, parcerias, discussões e articulações, reverberando para além de sua demarcação temporal. | ||
+ | Além de tudo, tem se mostrado importante meio de visibilidade e inclusão profissional, já que artistas locais têm a oportunidade de participar de coproduções, de serem contratados por companhias estrangeiras, de aprofundar seus conhecimentos artísticos e até de circular com seus espetáculos em outros festivais. | ||
+ | |||
+ | Desde o inicio, a Bienal Internacional de Dança do Ceará vem movimentando o universo da dança contemporânea no País durante a segunda metade do mês de outubro. Espetáculos, performances, cursos, oficinas e mesas-redondas estão entre as diversas atividades que compõem a programação do festival, que busca na pesquisa, na experimentação e no intercâmbio artístico suas prioridades. | ||
+ | Uma das palavras de ordem do festival é democratizar. A dança cênica, em particular a dança contemporânea, traz na restrição de público um dos maiores entraves para a sua divulgação. À Bienal cabe modificar esse cenário. Ações de descentralização e interiorização, intercâmbio com outros países, incentivo e desenvolvimento de projetos de colaboração artística, além do fomento à produção de conhecimento na área da dança, são promovidos durante o evento na constante luta por esse objetivo. | ||
+ | |||
+ | Por isso, a cada edição o festival se dissemina mais. Cresce mais. Tanto que em 2008, foi organizada a Bienal Internacional de Dança do Ceará/De Par Em Par. Os que eram projetos formativos nos anos pares deram origem a um evento maior, mas ainda com a mesma meta. Desde então, o período formaliza o compromisso do Festival, que acontece nos anos ímpares, em atender a demanda dos profissionais da dança no Ceará por ações continuadas na área de formação. O Encontro Terceira Margem, criado ainda em 2008, é ponto alto da programação. | ||
+ | |||
+ | No caso da programação artística, a seleção da curadoria tem foco em trabalhos que priorizem a pesquisa, a experimentação e o intercâmbio entre os continentes. Toda a programação de espetáculos e de atividades formativa é gratuita. As atividades ocorrem em Fortaleza, bairros periféricos e no interior do estado, nas cidades de Sobral e Cariri. | ||
+ | A Bienal Internacional de dança do Ceará é um excelente espaço de observação de obras artísticas de dança cearense. | ||
+ | Apresentam-se artistas experientes e temos, ainda, a possibilidade de assistir a mostra Nova Cena, que conta com a presença de jovens criadores. Proporcionando, desse modo, o encontro de três gerações de artistas que vêm construindo o ambiente da dança contemporânea local. |
Edição atual tal como 18h43min de 6 de janeiro de 2012
Criada em 1997 pela necessidade de ampliar o cenário da dança contemporânea no Ceará, a Bienal Internacional de Dança do Ceará desencadeou uma série de conquistas no Estado. Uma delas foi a implantação do Colégio de Dança do Ceará, que trouxe formação gratuita para bailarinos, coreógrafos e professores por um período de quatro anos. Desde então, vários artistas cearenses passaram a frequentar a lista de nomes contemplados por editais, programas e eventos na área de dança, tais como o Itaú Cultural Rumos Dança, o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros, a Bolsa Vitae, a Caravana Funarte, o Dança Brasil, o Fora do Eixo, a Bienal Internacional de Dança de Santos, entre outros. Seus espetáculos ocupam ainda uma boa parcela da programação da Bienal.
A função formativa é um dos traços marcantes da Bienal Internacional de Dança do Ceará, que vem ganhando cada vez mais consistência e importância, com ações que se mantêm entre um festival e outro. O evento torna-se assim um veículo agenciador de informações, encontros, intercâmbios, colaborações, parcerias, discussões e articulações, reverberando para além de sua demarcação temporal. Além de tudo, tem se mostrado importante meio de visibilidade e inclusão profissional, já que artistas locais têm a oportunidade de participar de coproduções, de serem contratados por companhias estrangeiras, de aprofundar seus conhecimentos artísticos e até de circular com seus espetáculos em outros festivais.
Desde o inicio, a Bienal Internacional de Dança do Ceará vem movimentando o universo da dança contemporânea no País durante a segunda metade do mês de outubro. Espetáculos, performances, cursos, oficinas e mesas-redondas estão entre as diversas atividades que compõem a programação do festival, que busca na pesquisa, na experimentação e no intercâmbio artístico suas prioridades. Uma das palavras de ordem do festival é democratizar. A dança cênica, em particular a dança contemporânea, traz na restrição de público um dos maiores entraves para a sua divulgação. À Bienal cabe modificar esse cenário. Ações de descentralização e interiorização, intercâmbio com outros países, incentivo e desenvolvimento de projetos de colaboração artística, além do fomento à produção de conhecimento na área da dança, são promovidos durante o evento na constante luta por esse objetivo.
Por isso, a cada edição o festival se dissemina mais. Cresce mais. Tanto que em 2008, foi organizada a Bienal Internacional de Dança do Ceará/De Par Em Par. Os que eram projetos formativos nos anos pares deram origem a um evento maior, mas ainda com a mesma meta. Desde então, o período formaliza o compromisso do Festival, que acontece nos anos ímpares, em atender a demanda dos profissionais da dança no Ceará por ações continuadas na área de formação. O Encontro Terceira Margem, criado ainda em 2008, é ponto alto da programação.
No caso da programação artística, a seleção da curadoria tem foco em trabalhos que priorizem a pesquisa, a experimentação e o intercâmbio entre os continentes. Toda a programação de espetáculos e de atividades formativa é gratuita. As atividades ocorrem em Fortaleza, bairros periféricos e no interior do estado, nas cidades de Sobral e Cariri. A Bienal Internacional de dança do Ceará é um excelente espaço de observação de obras artísticas de dança cearense. Apresentam-se artistas experientes e temos, ainda, a possibilidade de assistir a mostra Nova Cena, que conta com a presença de jovens criadores. Proporcionando, desse modo, o encontro de três gerações de artistas que vêm construindo o ambiente da dança contemporânea local.