Cia Rubens Barbot Teatro de Dança
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Edição atual tal como 02h07min de 31 de julho de 2013
A Cia Rubens Barbot Teatro de Dança foi fundada em 20 de Agosto de 1990 no bairro de Quintino na cidade do Rio Janeiro, pelo coreógrafo e bailarino Rubens Barbot, natural da cidade do Rio Grande (RS) e radicado no Rio de Janeiro em 1989.
A primeira Companhia Negra de dança contemporânea, mantém até hoje, vinte dois anos depois, um trabalho singular. Sustentando sua linguagem numa análise profunda dos gestos, movimentos e imagens que se desprendem dos corpos afro-brasileiros.
O processo de pensar a realidade e tentar transformá-la através da reflexão e da ação crítica, assim como o de pensar a condição humana, tem sido, historicamente, fundamental nas relações dos homens com a natureza.
- A partir dessa reflexão foi criada a Rubens Barbot Teatro de Dança. Uma companhia de dança contemporânea formada por bailarinas, atrizes, bailarinos e atores negros com a missão artística e política de criar um centro de referência voltado para a pesquisa do gesto, movimento e imagens extraídos de corpos afro brasileiros com suas histórias corporais e suas raízes africanas, compondo com esse material uma linguajem genuinamente afro brasileira. Ao mesmo tempo trabalhando com músicos, autores, técnicos, e os mais diversos colaboradores, possibilitando um maior conhecimento da nossa cultura, apuro técnico e ampliação do espaço de atuação profissional de artistas e técnicos negros no mundo das artes cênicas.
A Rubens Barbot mantém um trabalho constante criando seus espetáculos e temporadas na cidade do Rio de Janeiro, excursionando por demais cidades e capitais no Brasil e também no exterior.
Os temas abordados são os mais variados, mas sempre tendo em conta a condição humana e fazendo uma interpretação sob o olhar afro brasileiro. As idéias podem partir de uma simples cena recolhida ao acaso até textos consagrados e filosóficos, e a música que utilizamos pode ser étnica, primitiva, contemporânea, erudita ou trilha especialmente composta.
Fundada em 1990 no Rio de Janeiro, já em 93 fora motivo de admiração e surpresa no festival internacional da Argentina, conquistando dois dos mais importantes prêmios.
Em 1996 foi muito elogiada na 7º Bienal de Dança de Lyon – França, onde se apresentou na Ópera de Lyon, com o espetáculo Toque de Dança - (Suíte Para Percussão e Corpos) – criado em conjunto com o percussionista Robertinho Silva.
Entre 1996 e 1999, a companhia teve sede no extinto Café de la Danse, que se tornou ícone da efervescência da dança carioca nos anos em que esteve em atividade.
Em 1998 foi para Alemanha, com apresentações em cidades como Frankfurt, Munique entre outras, e o espetáculo dessa vez era Em Pleno Meio Dia da Nossa Noite, que trazia para o palco a realidade dos adolescentes de rua, na época uma abordagem inovadora; um espetáculo cruel e bastante realista. Desde então, a elaboração de trabalhos onde o Brasil, a sociedade e a cultura atuavam como pivô da temática, tem sido marca registrada da companhia.
Mantendo um elenco permanente, que trabalha, pesquisa, faz conexões e dialoga com quem está aberto ao exercício do diálogo, prosseguiram no ano de 2008 em pleno amadurecimento e como não poderia deixar de ser festejando a vida, com um surpreendente espetáculo off, em cartaz numa inusitada catedral Anglicana: O Reino do Outro Mundo - Orixás. Um espetáculo que mais uma vez levou a companhia por tortos e maravilhosos caminhos, mas caminhos de uma companhia maior de idade.
Em 2010 celebraram, com o espetáculo 40+20, os 40 anos de carreira de Rubens Barbot e os 20 anos da Cia. fazendo turnê no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, cidade natal de Rubens Barbot, sendo partícipe do V Panorama de Artes de Matriz Africana.
Mas no mesmo ano a Cia. viveu momentos difíceis. Viram grande parte de sua história virar cinzas num incêndio que atingiu o Instituto Palmares de Direitos Humanos (IPDH), no Rio de Janeiro, onde o grupo desenvolvia suas atividades. Muitos figurinos e adereços foram perdidos e a tristeza foi grande.
Atualmente estão locados num casarão no Bairro de Fátima, centro do Rio de Janeiro, mantendo seus trabalhos e pesquisas.
- O parágrafo marcado foi baseado num texto da Companhia dos Comuns.
Tabela de conteúdo |
Repertório
2010 - 40 + 20
2008 – O Reino do Outro Mundo - Orixás
2006 – Quase uma história
2005 - Sucessos nas Ruas (espetáculo de rua)
2004 - Mamma África(coletânea)
2002 - Cenas que guardei no bolso da memória
2001 - Tempo de Espera
- Esse amor que nos consome
2000 - Não é mar, mas tá salgado...
1999 - Imagens
1998 - Toque duplo (Double Touch)
1997 - Em pleno meio dia da nossa noite
- Empalha/Dor
1996 - Toque de dança (Touch of Dance)
1995 - Electronizumbí
1994 - Los Ilusionistas
1993 - Dança Naná
1992 - Três estudos coreográficos
1991 - Máscaras Negras
- Só, Um homem só
1990 - Suspeito Silêncio
Prêmios
2007
Prêmio Klaus Vianna Funarte/Petrobras O Reino do outro mundo
2001
EnCena – Brasil MinC
1995
Prêmio Incentivo Para Consolidação FUNARTE – Ministério da Cultura PELO CONJUNTO DE TRABALHOS
1993
GRAND PRIX – Melhor Espetáculo DANÇA NANÁ Festival Internacional de Corrientes - Argentina
Troféu “MITIZI SIRGEZA” – Melhor Companhia Festival Internacional de Corrientes - Argentina
1992
GRAND PRIX – Melhor Espetáculo 3 ESTUDOS COREOGRÁFICOS Festival Internacional de Corrientes - Argentina
Vídeos Relacionados
- Trecho do espetáculo 40+20 [1]
- Trecho do espetáculo O Reino do Outro Mundo - Orixás
[2]
Filmes Relacionados
- Ensaio de Cinema de Allan Ribeiro - 2009 [3]
- Desorganizadores de Fichário - 2007
Ligação Externa
- Site da Cia [4]