Paulo Paixão

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== Formação Acadêmica ==
Professor e coreógrafo graduado em Licenciatura Plena em Dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA), especializado em coreografia, Mestrado em Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, (PUC) e Doutor também pela Universidade de São Paulo (PUC).
Professor e coreógrafo graduado em Licenciatura Plena em Dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA), especializado em coreografia, Mestrado em Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, (PUC) e Doutor também pela Universidade de São Paulo (PUC).
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Paulo Paixão iniciou sua vida na dança através do Teatro. Ele começou estudando essa arte na escola pública da Bahia, chamada Instituto Central de Educação Isaias Alves, onde completou o segundo grau do ensino médio. Seu primeiro contato com a dança foi a partir de uma professora desta mesma escola, que convidou os alunos do teatro para realizar uma participação em seu espetáculo de dança, que acontecia sempre ao final do ano, assim os discentes aceitaram tal participação, inclusive Paulo Paixão. No meio do espetáculo, os alunos recitavam pequenos textos e ao final, realizavam as coreografias ensaiadas por todos os integrantes. Em entrevista Paulo Paixão lembra como foi a experiência da participação deste espetáculo.  
Paulo Paixão iniciou sua vida na dança através do Teatro. Ele começou estudando essa arte na escola pública da Bahia, chamada Instituto Central de Educação Isaias Alves, onde completou o segundo grau do ensino médio. Seu primeiro contato com a dança foi a partir de uma professora desta mesma escola, que convidou os alunos do teatro para realizar uma participação em seu espetáculo de dança, que acontecia sempre ao final do ano, assim os discentes aceitaram tal participação, inclusive Paulo Paixão. No meio do espetáculo, os alunos recitavam pequenos textos e ao final, realizavam as coreografias ensaiadas por todos os integrantes. Em entrevista Paulo Paixão lembra como foi a experiência da participação deste espetáculo.  
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“(...) Nós ficávamos lá no fundo, deveria ter umas duzentas pessoas no palco e nós do teatro éramos da última fila. Dançávamos, fazíamos coreografias e nos divertimos muito também. Fiquei fascinado por aquilo.” (PAIXÃO, 2011)
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Deste modo, Paulo Paixão se interessou pela arte do movimento corporal e se inscreveu logo depois, na oficina de dança que havia no Instituto Central de Educação Isaias Alves(ICEIA).
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Deste modo, Paulo Paixão se interessou pela arte do movimento corporal e se inscreveu logo depois, na oficina de dança que havia no Instituto Central de Educação Isaias Alves (ICEIA).
 
Nesta escola, ele começou a ter aulas de dança moderna com professora Celeste Barreiros. Paulo Paixão também dançou com o coreógrafo George Silva, no entanto logo decidiu parar de trabalhar com este coreógrafo, posto que seus bailarinos tornaram-se cada vez mais treinados, de nível técnico muito elevado, ao contrário, Paulo sempre dedicou-se mais na expressividade, também por ter estudado teatro, suas ideias e concepção em dança, por sua vez, se davam de maneira distintas. Todavia, ainda despertava o seu interesse de estudar e tentar conhecer mais aprofundado o fazer da arte corporal. Foi então, que George Silva o indicou para participar do Curso Técnico de dança, com duração de três anos, ofertado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia e coordenado pela professora de dança e educação, Ângela Dantas.
Nesta escola, ele começou a ter aulas de dança moderna com professora Celeste Barreiros. Paulo Paixão também dançou com o coreógrafo George Silva, no entanto logo decidiu parar de trabalhar com este coreógrafo, posto que seus bailarinos tornaram-se cada vez mais treinados, de nível técnico muito elevado, ao contrário, Paulo sempre dedicou-se mais na expressividade, também por ter estudado teatro, suas ideias e concepção em dança, por sua vez, se davam de maneira distintas. Todavia, ainda despertava o seu interesse de estudar e tentar conhecer mais aprofundado o fazer da arte corporal. Foi então, que George Silva o indicou para participar do Curso Técnico de dança, com duração de três anos, ofertado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia e coordenado pela professora de dança e educação, Ângela Dantas.
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Logo, Paulo Paixão seguiu e entrou em contato com várias disciplinas que teorizavam a dança. Esse também foi o momento em que começou a ministrar aulas e por ter o desejo de ser um professor qualificado, atuando e entendendo melhor pensamentos que abarcam a dança, resolveu estudar a Licenciatura tendo título de graduação.
Logo, Paulo Paixão seguiu e entrou em contato com várias disciplinas que teorizavam a dança. Esse também foi o momento em que começou a ministrar aulas e por ter o desejo de ser um professor qualificado, atuando e entendendo melhor pensamentos que abarcam a dança, resolveu estudar a Licenciatura tendo título de graduação.
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Nesse percurso conheceu vários professores importantes e renomados de dança na região da Bahia, a exemplo de Carlos Morais, docente e bailarino do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e do Teatro Castro Alves, em Salvador. Paulo Paixão já realizou vários trabalhos com Carlos Morais, dançou com ele muitos Balés de repertório, a exemplo de, O Lago do Cisne, A Bela Adormecida, Dom Quixote, O descobrimento do Brasil, Sonho de uma Noite de Verão e outros.  
Nesse percurso conheceu vários professores importantes e renomados de dança na região da Bahia, a exemplo de Carlos Morais, docente e bailarino do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e do Teatro Castro Alves, em Salvador. Paulo Paixão já realizou vários trabalhos com Carlos Morais, dançou com ele muitos Balés de repertório, a exemplo de, O Lago do Cisne, A Bela Adormecida, Dom Quixote, O descobrimento do Brasil, Sonho de uma Noite de Verão e outros.  
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Conheceu também no curso, Lúcia Lobato que relacionava dança com filosofia, algo que Paulo Paixão se interessava muito. Leida Muhana, que trabalhava com o estudo de coreografia e dirigia o Grupo Trancham, junto com a Beth Grebler. Além delas, conheceu Beth Rangel que construía uma relação de proximidade com seus alunos e entre outros.
Conheceu também no curso, Lúcia Lobato que relacionava dança com filosofia, algo que Paulo Paixão se interessava muito. Leida Muhana, que trabalhava com o estudo de coreografia e dirigia o Grupo Trancham, junto com a Beth Grebler. Além delas, conheceu Beth Rangel que construía uma relação de proximidade com seus alunos e entre outros.
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Em seguida, Paulo Paixão deu seguimento ao estudo de especialização em dança, ainda em Salvador. No término da pesquisa, se inscreveu em um concurso público para professor substituto de dança na Bahia. Haviam dois candidatos para apenas uma vaga. Paulo Paixão obteve bons resultados nas provas, principalmente na prática, contudo não conquistou a vaga de professor. Paulo Paixão comenta:  
Em seguida, Paulo Paixão deu seguimento ao estudo de especialização em dança, ainda em Salvador. No término da pesquisa, se inscreveu em um concurso público para professor substituto de dança na Bahia. Haviam dois candidatos para apenas uma vaga. Paulo Paixão obteve bons resultados nas provas, principalmente na prática, contudo não conquistou a vaga de professor. Paulo Paixão comenta:  
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“Eu havia começado a dar aula de dança com 18 anos de idade, quando eu entrei no curso técnico, antes mesmo de entrar para a Universidade. Então, nessa altura, eu já tinha feito três anos de curso técnico, quatro anos de licenciatura, já estava terminando a minha especialização, mesmo com toda essa bagagem, eu não tive chance lá.” (PAIXÃO, 2011)  
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No entanto, Paulo Paixão em entrevista ainda conta, que neste mesmo dia, desceu as escadas da Universidade, para pegar o seu trabalho de conclusão de especialização e avistou um comunicando sobre um concurso público para professor de dança na Escola de Teatro e Dança, da Universidade Federal do Pará.  
No entanto, Paulo Paixão em entrevista ainda conta, que neste mesmo dia, desceu as escadas da Universidade, para pegar o seu trabalho de conclusão de especialização e avistou um comunicando sobre um concurso público para professor de dança na Escola de Teatro e Dança, da Universidade Federal do Pará.  
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“Vi o comunicado e me inscrevi, paguei a passagem de ônibus junto com a minha irmã, viajei trinta e seis horas e passei essas horas todas estudando. Quando cheguei aqui, meus concorrentes eram Maria Ana Azevedo, Jaime Amaral e Rubem Meireles. Passei em primeiro lugar e os meus outros colegas também foram logo chamados, hoje trabalhamos juntos, só o Rubem Meireles que hoje trabalha no NPI. (PAIXÃO, 2011)
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(PAIXÃO, 2011)
Chegando à cidade de Belém do Pará, Paulo Paixão criou o Núcleo de Pesquisa e Criação Coreográfica da UFPA, dentro desse trabalho foi montado várias coreografias que ganharam prêmios na cidade. Esse núcleo teve a duração de três anos. Posterior a esse momento, Paulo Paixão já não estava satisfeito com o seu fazer artístico. Pensava em mudanças e inovações. Foi quando decidiu realizar seu mestrado, no qual sua visão de criação coreográfica mudou completamente, uma vez que sua concepção anterior ao mestrado de criação em dança, baseava-se em coreografias voltadas para execuções de métodos e técnicas de composição de movimento e além disso, suas montagens relacionavam-se com a “moda” do momento, ou seja, a criação era igual ao que todos os profissionais costumavam construir. E na pesquisa de mestrado, Paulo Paixão, entendeu que a arte da dança iria além, isto é, apresentava um potencial muito maior. Em suma, ele tentou parar de acompanhar a “moda” da dança e criar um projeto artístico mais singular, algo mais conectado com seus os interesses.  
Chegando à cidade de Belém do Pará, Paulo Paixão criou o Núcleo de Pesquisa e Criação Coreográfica da UFPA, dentro desse trabalho foi montado várias coreografias que ganharam prêmios na cidade. Esse núcleo teve a duração de três anos. Posterior a esse momento, Paulo Paixão já não estava satisfeito com o seu fazer artístico. Pensava em mudanças e inovações. Foi quando decidiu realizar seu mestrado, no qual sua visão de criação coreográfica mudou completamente, uma vez que sua concepção anterior ao mestrado de criação em dança, baseava-se em coreografias voltadas para execuções de métodos e técnicas de composição de movimento e além disso, suas montagens relacionavam-se com a “moda” do momento, ou seja, a criação era igual ao que todos os profissionais costumavam construir. E na pesquisa de mestrado, Paulo Paixão, entendeu que a arte da dança iria além, isto é, apresentava um potencial muito maior. Em suma, ele tentou parar de acompanhar a “moda” da dança e criar um projeto artístico mais singular, algo mais conectado com seus os interesses.  
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Depois de um tempo, seguiu em direção a Europa para se aprofundar no estudo de Coreografia. Na França, a história da dança é muito valorizada, com isso os profissionais e outros pesquisadores perguntavam para Paulo sobre a História da dança no Brasil. Ele por sua vez, de imediato não sabia ao certo responder.  
Depois de um tempo, seguiu em direção a Europa para se aprofundar no estudo de Coreografia. Na França, a história da dança é muito valorizada, com isso os profissionais e outros pesquisadores perguntavam para Paulo sobre a História da dança no Brasil. Ele por sua vez, de imediato não sabia ao certo responder.  
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“(...) Na Europa eu encontrei com outros pesquisadores que me deixavam desconcertados, pois eu não sabia responder. Eles perguntavam sobre a história da dança no Brasil. Durante o meu mestrado eu já defendia que para você ser artista você deveria conhecer a história da dança, para não ficar repetindo coisas que já passaram, como se fossem novas, acreditando que você está fazendo algo novo. Quando na verdade, o que acontece é que pelo desconhecimento da história, você está repetindo o que já aconteceu e você nem sabe. Então, eu já tinha esse discurso. Quando eu fui para a Europa, descobri que esse pensamento caia perfeitamente na minha atuação, porque eu desconhecia grande parte da história da dança no Brasil. (...) (PAIXÃO, 2011)
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“(...) Na Europa eu encontrei com outros pesquisadores que me deixavam desconcertados,
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nem sabe. Então, eu já tinha esse discurso. Quando eu fui para a Europa, descobri que
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esse pensamento caia perfeitamente na minha atuação, porque eu desconhecia grande parte
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da história da dança no Brasil. (...) (PAIXÃO, 2011)
Logo, Paulo Paixão decide pesquisar sobre essa história da dança brasileira. Concretiza esse estudo em seu doutorado, no qual teoriza e realiza uma revisão da história da dança no Brasil, refletindo também sobre a identidade cultural na arte do movimento corporal.  
Logo, Paulo Paixão decide pesquisar sobre essa história da dança brasileira. Concretiza esse estudo em seu doutorado, no qual teoriza e realiza uma revisão da história da dança no Brasil, refletindo também sobre a identidade cultural na arte do movimento corporal.  
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- Docente da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, do curso de Licenciatura Plena em Dança e Técnico em Dança. Ministrante das disciplinas: Composição Coreográfica; Prática de Montagem; História da Dança - Atual  
- Docente da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, do curso de Licenciatura Plena em Dança e Técnico em Dança. Ministrante das disciplinas: Composição Coreográfica; Prática de Montagem; História da Dança - Atual  
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- Colunista do Idanca.net, IDANCA, Brasil – Atual  
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- Colaborador atuante na Secretaria de Estado De Cultura de São Paulo, SEC-SP, Brasil.- 2008
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- Membro do júri da Revista Bravo- 2007
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- Colaborador do Instituto Itaú Cultural, ITAÚ CUTURAL, Brasil.- 2006/2007
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- Docente da Escola Joana de Anjeles, EJA, Brasil – 1991/1993
- Docente da Escola Joana de Anjeles, EJA, Brasil – 1991/1993
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-Docente do Instituto Educacional Águia, ISEA, Brasil – 1987/1990
-Docente do Instituto Educacional Águia, ISEA, Brasil – 1987/1990
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- Dança e Realidade Contextual – 2009/2011
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- Atividades de Participação em Projeto, Instituto de Ciência da Arte-Escola de Teatro e Dança - 2009 - 2010  
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- Processos de Comunicação na Política do Corpo que Dança a Brasilidade- 2005/2009
- Processos de Comunicação na Política do Corpo que Dança a Brasilidade- 2005/2009
-Processos de Comunicação na Política do Corpo que Dança a Brasilidade. – 2005/ 2009
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- Processos de Comunicação Coreografia e Gramaticalidade. – 2001/2003
- Processos de Comunicação Coreografia e Gramaticalidade. – 2001/2003
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- Núcleo de Pesquisa e Produção Coreográfica em Linguagem Contemporânea da UFPA - 1998 /2000  
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- Grupo de Dança Contemporânea da UFBA  - 1995 /1995
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- Apoio acadêmico a disciplina de História da dança do Curso de dança da Universidade Federal da Bahia – 1995/ 1995  
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-Atividades de Participação em Projeto, Escola Edgard Santos – 1994/1995
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- Exposto – 2010 Turma de Licenciatura Plena em Dança UFPA_  
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- As palavras e as Coisas – 2009 Turma de Técnico em Dança da UFPA.
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- Em Trânsito – 2005
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- O que tenho dentro de mim – 2004
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- Praina – 2003
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- Anjos da Integração – 2002
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- Aletlê Coreográfico – 2001
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- A Doença de Amarte – 2000
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- O Artista da Fome – 2000
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- Quilombos – 2000
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- Muviment – 1999
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- Território Canarinho -1999
- Território Canarinho -1999
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- Segredo – 1998
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- Setenta – 1996
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- Dance in Box – 1996
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- Cortinas – 1996
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- Tribut – 1995
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- Uma Saída - 1994  
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http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2132&cd_materia=1745

Edição atual tal como 23h50min de 3 de abril de 2011

Por Adriana Di Marco Neves

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Tabela de conteúdo

Formação Acadêmica

Professor e coreógrafo graduado em Licenciatura Plena em Dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA), especializado em coreografia, Mestrado em Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, (PUC) e Doutor também pela Universidade de São Paulo (PUC).

Trajetória

Paulo Paixão iniciou sua vida na dança através do Teatro. Ele começou estudando essa arte na escola pública da Bahia, chamada Instituto Central de Educação Isaias Alves, onde completou o segundo grau do ensino médio. Seu primeiro contato com a dança foi a partir de uma professora desta mesma escola, que convidou os alunos do teatro para realizar uma participação em seu espetáculo de dança, que acontecia sempre ao final do ano, assim os discentes aceitaram tal participação, inclusive Paulo Paixão. No meio do espetáculo, os alunos recitavam pequenos textos e ao final, realizavam as coreografias ensaiadas por todos os integrantes. Em entrevista Paulo Paixão lembra como foi a experiência da participação deste espetáculo.

“(...) Nós ficávamos lá no fundo, deveria ter umas duzentas pessoas no palcoe nós 
do teatro éramos da última fila. Dançávamos, fazíamos coreografias e nos divertimos
muito também. Fiquei fascinado por aquilo.” (PAIXÃO, 2011)

Deste modo, Paulo Paixão se interessou pela arte do movimento corporal e se inscreveu logo depois, na oficina de dança que havia no Instituto Central de Educação Isaias Alves(ICEIA).

Nesta escola, ele começou a ter aulas de dança moderna com professora Celeste Barreiros. Paulo Paixão também dançou com o coreógrafo George Silva, no entanto logo decidiu parar de trabalhar com este coreógrafo, posto que seus bailarinos tornaram-se cada vez mais treinados, de nível técnico muito elevado, ao contrário, Paulo sempre dedicou-se mais na expressividade, também por ter estudado teatro, suas ideias e concepção em dança, por sua vez, se davam de maneira distintas. Todavia, ainda despertava o seu interesse de estudar e tentar conhecer mais aprofundado o fazer da arte corporal. Foi então, que George Silva o indicou para participar do Curso Técnico de dança, com duração de três anos, ofertado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia e coordenado pela professora de dança e educação, Ângela Dantas.

Logo, Paulo Paixão seguiu e entrou em contato com várias disciplinas que teorizavam a dança. Esse também foi o momento em que começou a ministrar aulas e por ter o desejo de ser um professor qualificado, atuando e entendendo melhor pensamentos que abarcam a dança, resolveu estudar a Licenciatura tendo título de graduação.

Nesse percurso conheceu vários professores importantes e renomados de dança na região da Bahia, a exemplo de Carlos Morais, docente e bailarino do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e do Teatro Castro Alves, em Salvador. Paulo Paixão já realizou vários trabalhos com Carlos Morais, dançou com ele muitos Balés de repertório, a exemplo de, O Lago do Cisne, A Bela Adormecida, Dom Quixote, O descobrimento do Brasil, Sonho de uma Noite de Verão e outros.

Conheceu também no curso, Lúcia Lobato que relacionava dança com filosofia, algo que Paulo Paixão se interessava muito. Leida Muhana, que trabalhava com o estudo de coreografia e dirigia o Grupo Trancham, junto com a Beth Grebler. Além delas, conheceu Beth Rangel que construía uma relação de proximidade com seus alunos e entre outros.

Em seguida, Paulo Paixão deu seguimento ao estudo de especialização em dança, ainda em Salvador. No término da pesquisa, se inscreveu em um concurso público para professor substituto de dança na Bahia. Haviam dois candidatos para apenas uma vaga. Paulo Paixão obteve bons resultados nas provas, principalmente na prática, contudo não conquistou a vaga de professor. Paulo Paixão comenta:

“Eu havia começado a dar aula de dança com 18 anos de idade, 
quando eu entrei no curso técnico, antes mesmo de entrar para 
a Universidade. Então, nessa altura, eu já tinha feito três 
anos de curso técnico, quatro anos de licenciatura, já estava
terminando a minha especialização, mesmo com toda essa bagagem,
eu não tive chance lá.” (PAIXÃO, 2011) 

No entanto, Paulo Paixão em entrevista ainda conta, que neste mesmo dia, desceu as escadas da Universidade, para pegar o seu trabalho de conclusão de especialização e avistou um comunicando sobre um concurso público para professor de dança na Escola de Teatro e Dança, da Universidade Federal do Pará.

“Vi o comunicado e me inscrevi, paguei a passagem de ônibus junto com a minha
irmã, viajei trinta e seis horas e passei essas horas todas estudando. Quando 
cheguei aqui, meus concorrentes eram Maria Ana Azevedo, Jaime Amaral e Rubem 
Meireles. Passei em primeiro lugar e os meus outros colegas também foram logo 
chamados, hoje trabalhamos juntos, só o Rubem Meireles que hoje trabalha no NPI. 
(PAIXÃO, 2011)


Chegando à cidade de Belém do Pará, Paulo Paixão criou o Núcleo de Pesquisa e Criação Coreográfica da UFPA, dentro desse trabalho foi montado várias coreografias que ganharam prêmios na cidade. Esse núcleo teve a duração de três anos. Posterior a esse momento, Paulo Paixão já não estava satisfeito com o seu fazer artístico. Pensava em mudanças e inovações. Foi quando decidiu realizar seu mestrado, no qual sua visão de criação coreográfica mudou completamente, uma vez que sua concepção anterior ao mestrado de criação em dança, baseava-se em coreografias voltadas para execuções de métodos e técnicas de composição de movimento e além disso, suas montagens relacionavam-se com a “moda” do momento, ou seja, a criação era igual ao que todos os profissionais costumavam construir. E na pesquisa de mestrado, Paulo Paixão, entendeu que a arte da dança iria além, isto é, apresentava um potencial muito maior. Em suma, ele tentou parar de acompanhar a “moda” da dança e criar um projeto artístico mais singular, algo mais conectado com seus os interesses.

Depois de um tempo, seguiu em direção a Europa para se aprofundar no estudo de Coreografia. Na França, a história da dança é muito valorizada, com isso os profissionais e outros pesquisadores perguntavam para Paulo sobre a História da dança no Brasil. Ele por sua vez, de imediato não sabia ao certo responder.

“(...) Na Europa eu encontrei com outros pesquisadores que me deixavam desconcertados,
pois eu não sabia responder. Eles perguntavam sobre a história da dança no Brasil. 
Durante o meu mestrado eu já defendia que para você ser artista você deveria conhecer
a história da dança, para não ficar repetindo coisas que já passaram, como se fossem 
novas, acreditando que você está fazendo algo novo. Quando na verdade, o que acontece 
é que pelo desconhecimento da história, você está repetindo o que já aconteceu e você 
nem sabe. Então, eu já tinha esse discurso. Quando eu fui para a Europa, descobri que
esse pensamento caia perfeitamente na minha atuação, porque eu desconhecia grande parte
da história da dança no Brasil. (...) (PAIXÃO, 2011)

Logo, Paulo Paixão decide pesquisar sobre essa história da dança brasileira. Concretiza esse estudo em seu doutorado, no qual teoriza e realiza uma revisão da história da dança no Brasil, refletindo também sobre a identidade cultural na arte do movimento corporal.

Atuação Profissional

- Docente da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, do curso de Licenciatura Plena em Dança e Técnico em Dança. Ministrante das disciplinas: Composição Coreográfica; Prática de Montagem; História da Dança - Atual

- Colunista do Idanca.net, IDANCA, Brasil – Atual

- Colaborador atuante na Secretaria de Estado De Cultura de São Paulo, SEC-SP, Brasil.- 2008

- Membro do júri da Revista Bravo- 2007

- Colaborador do Instituto Itaú Cultural, ITAÚ CUTURAL, Brasil.- 2006/2007

- Docente da Escola Joana de Anjeles, EJA, Brasil – 1991/1993

-Docente do Instituto Educacional Águia, ISEA, Brasil – 1987/1990

Projetos de Pesquisas

- Dança e Realidade Contextual – 2009/2011

- Atividades de Participação em Projeto, Instituto de Ciência da Arte-Escola de Teatro e Dança - 2009 - 2010

- Processos de Comunicação na Política do Corpo que Dança a Brasilidade- 2005/2009

-Processos de Comunicação na Política do Corpo que Dança a Brasilidade. – 2005/ 2009

- Processos de Comunicação Coreografia e Gramaticalidade. – 2001/2003

- Núcleo de Pesquisa e Produção Coreográfica em Linguagem Contemporânea da UFPA - 1998 /2000

- Grupo de Dança Contemporânea da UFBA - 1995 /1995

- Apoio acadêmico a disciplina de História da dança do Curso de dança da Universidade Federal da Bahia – 1995/ 1995

-Atividades de Participação em Projeto, Escola Edgard Santos – 1994/1995

Espetáculos Produzidos

- Exposto – 2010 Turma de Licenciatura Plena em Dança UFPA_

- As palavras e as Coisas – 2009 Turma de Técnico em Dança da UFPA.

- Em Trânsito – 2005

- O que tenho dentro de mim – 2004

- Praina – 2003

- Anjos da Integração – 2002

- Aletlê Coreográfico – 2001

- A Doença de Amarte – 2000

- O Artista da Fome – 2000

- Quilombos – 2000

- Muviment – 1999

- Território Canarinho -1999

- Segredo – 1998

- Setenta – 1996

- Dance in Box – 1996

- Cortinas – 1996

- Tribut – 1995

- Uma Saída - 1994



REFERÊNCAS

-Entrevista concebida na Escola de Teatro e Dança da UFPA, em 29 de Março de 2011.

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4779951E8

Imagem:

http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2132&cd_materia=1745

Ferramentas pessoais
Espaços nominais
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