Gustavo Ciríaco

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Do tradicional espaço físico para dança, o palco teatral, Ciríaco transpassa para o lugar inusitado e não definido da [[performance]]. O espaço não convencional como a galeria do teatro, ao espaço cotidiano da rua, a performance acontece com sua prerrogativa de ação. Conceitualmente os limites cênicos também são transgredidos, já que a relação entre artista/performer e público, intriga algumas de suas criações, ficando latente na obra “Nada. Vamos ver.”  
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Do tradicional espaço físico para dança, o palco teatral, Ciríaco transpassa para o lugar inusitado e não definido da [[performance]]. O espaço não convencional como a galeria do teatro, o espaço cotidiano da rua, a performance que acontece como ação criativa. Conceitualmente, os limites cênicos também são transgredidos, já que a relação entre artista/performer e público, intriga algumas de suas criações, ficando latente na obra “Nada. Vamos ver.” O lugar de público e do performer é questionado nessa obra, que debate ainda sobre a expectativa do público em relação ao artista. A peça modifica o espaço da platéia, dinamizando esse espaço, e com isso levanta uma reflexão  sobre os protocolos de comportamento num espaço de apresentação artística.
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Se categorias pudessem dar conta da produção subjetiva da arte, a sua seria o conceitual. Mas restritivo que pode parecer catalogar uma obra, mais honesto seria dizer que os trabalhos de Ciríaco perpassam o campo do físico e do filosófico. O pensamento está presente em seus gestos cotidianos, despretensiosos, em seu discurso simples e inteligente. Suas obras nem sempre são de fácil recepção. Mas o que pode ser identificado em seus trabalhos é uma cumplicidade entre os colaboradores que participam em suas criações, no fazer artístico que vai além de formatos pré-estabelecidos.
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Se categorias pudessem dar conta da produção subjetiva da arte, a sua seria o conceitual. Mas restritivo que pode parecer catalogar uma obra, mais honesto seria dizer que os trabalhos de Ciríaco perpassam o campo do físico e do filosófico. O pensamento está presente em seus gestos cotidianos, despretensiosos, em seu discurso simples e inteligente. Suas obras atravessam um viés reflexivo, sem deixar de exercer o movimento e a ação. O que fica evidente e pode ser considerado uma característica própria, é que Ciríaco não abusa do movimento, mas faz um uso preciso, sem sobras, para que o corpo expresse a performance do ambiente abstrato do pensamento. Mas o que pode ser identificado em seus trabalhos é uma cumplicidade entre os colaboradores que participam em suas criações, no fazer artístico que vai além de formatos pré-estabelecidos.

Edição de 11h03min de 26 de agosto de 2011

Gustavo Ciríaco é bailarino e coreógrafo, estudou ciência política e se formou no curso técnico de dança contemporânea da Escola Angel Vianna.


Gustavo Ciríaco


Tabela de conteúdo

Dupla de dança:

Em 1995, após sua formação na Angel, fundou a Dupla de Dança Ikswalsinats com o também coreógrafo Frederico Paredes, parceria que durou dez anos. Conhecida pela visão irônica e bem humorada que propõe à dança contemporânea, desenvolveram uma linha expressiva bastante distinta dos duos tradicionais. A Dupla de Dança Ikswalsinats foi apoiada pelo Programa de Subvenção à Dança Carioca, promovido pela Prefeitura do Rio, também mostrou seus trabalhos em importantes eventos internacionais, tais como o Springdance, na Holanda e o festival Made in Brésil , na Ferme du Buisson, em Paris. Em 2005, a Dupla foi uma das companhias selecionadas para a programação oficial Brasil/França.


Carreira Solo e Colaborações:

Ainda em 2003, Gustavo já começou a se arriscar por projetos independentes, em colaboração com outros artistas, nacionais e internacionais. Em 2006 se separou da Dupla com Paredes e estreou Aqui enquanto caminhamos, parceria com a noruega Andrea Sonnberger. Atualmente é professor da Faculdade Angel Vianna, além de manter sua produção artística sempre em caráter colaborativo.


A colaboração, inclusive, é uma de suas características marcantes como artista. Em diferentes contextos e projetos, no Brasil e no exterior, Gustavo transita bem no diálogo que estabalece com a criação compartilhada. Sempre no ramo independente da perspectiva institucional, o artista busca nos encontros entre ideias, a base de suas composições e criações. Outra característica desse coreógrafo é ultrapassar os limites do palco, fisica e conceitualmente.


A performance e o pensamento:

Do tradicional espaço físico para dança, o palco teatral, Ciríaco transpassa para o lugar inusitado e não definido da performance. O espaço não convencional como a galeria do teatro, o espaço cotidiano da rua, a performance que acontece como ação criativa. Conceitualmente, os limites cênicos também são transgredidos, já que a relação entre artista/performer e público, intriga algumas de suas criações, ficando latente na obra “Nada. Vamos ver.” O lugar de público e do performer é questionado nessa obra, que debate ainda sobre a expectativa do público em relação ao artista. A peça modifica o espaço da platéia, dinamizando esse espaço, e com isso levanta uma reflexão sobre os protocolos de comportamento num espaço de apresentação artística.


Se categorias pudessem dar conta da produção subjetiva da arte, a sua seria o conceitual. Mas restritivo que pode parecer catalogar uma obra, mais honesto seria dizer que os trabalhos de Ciríaco perpassam o campo do físico e do filosófico. O pensamento está presente em seus gestos cotidianos, despretensiosos, em seu discurso simples e inteligente. Suas obras atravessam um viés reflexivo, sem deixar de exercer o movimento e a ação. O que fica evidente e pode ser considerado uma característica própria, é que Ciríaco não abusa do movimento, mas faz um uso preciso, sem sobras, para que o corpo expresse a performance do ambiente abstrato do pensamento. Mas o que pode ser identificado em seus trabalhos é uma cumplicidade entre os colaboradores que participam em suas criações, no fazer artístico que vai além de formatos pré-estabelecidos.


Obras:

Nada.Vamos ver



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