Patricia Stokoe

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Edição de 21h18min de 19 de março de 2012

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Patricia Lulú Stokoe (1919-1996), bailarina e pedagoga, criadora da Expressão Corporal-Dança e da Sensopercepção. Naceu em Buenos Aires, Argentina, e passou sua infância com seus pais em Coronel Suárez, província de Buenos Aires.


Em 1938 vai para a Inglaterra e estuda dança clássica no Royal Academy of Dance de Londres e dança moderna com Agnes De Mille, Catherine de Vos y Sigurd Leeder. Durante a IIª Guerra Mundial integra a companhia de ballet Anglo-Polish Company e ministra suas primeiras aulas em escolas municipais de Londres, em London Country Council e em Stevenage-Hartford.


No pós-guerra regressa ao seu país influenciada pelos movimentos culturais vanguardistas em busca de novas expressões artísticas e pelo conceito de dança livre iniciada por Isadora Duncan. Neste sentido, as técnicas pedagógicas de consciência corporal e do movimento de Moshé Feldenkrais, as investigações de Rudolf Von Laban sobre o movimento no tempo e no espaço e o estudo sobre a rítmica de Dalcroze enriqueceram sua formação.


Patricia Stokoe desenvolveu métodos pedagógicos que facilitaram a busca do movimento e da expressão com significado pessoal. Seu estilo didático orientado para a concientização do corpo, a exploração do movimento, a expressão e a improvisação contrastavam com os modelos de dança tradicionais como as clássicas, modernas e folclóricas baseados em esquemas preestablecidos. Seu objetivo era gerar em cada aluno a criação de sua própria dança que lhe permitisse representar a si mesmo e expressar através da linguagem corporal suas próprias vivências, ideias e emoções.


"La manera de danzar que lleva el sello de cada individuo. Comparándolo con la poesía de cada poeta. Por medio de este quehacer
queremos ayudar a que el cuerpo piense, se emocione, y transforme esta actividad psíquica-afectiva en movimiento, gestos, ademanes y
quietudes cargados de sentido propio." (Patricia Stokoe,1, 1987)


Em 1954 introduziu sua metodologia no Collegium Músicum de Buenos Aires e decidiu denominar seu trabalho de Expressão Corporal com a finalidade de ampliar e democratizar a dança - a dança ao alcance de todos e a dança de cada um. Anos depois adotou o termo Expressão Corporal-Dança para diferencia-lo de outras vertentes da EC que foram desenvolvidas.


Em 1968 fundou seu próprio estúdio, o Estúdio Patricia Stokoe, nesse período ministra aulas com uma equipe de trabalho formada por Perla Jaritonsky, Carlos Gianni e Eduardo Segal.


Em 1971 conhece Gerda Alexander criadora da Eutonia convidada através da SADEM (Associação Argentina de Educação Musical). Viaja a Genebra em várias ocasiões para se formar em Eutonia com Gerda – naquela época estava direcionada a fins terapêuticos. A partir daqueles encontros Patricia inicia uma revisão e transformação em sua técnica de trabalho corporal e desenvolve a Sensopercepção orientada para a expressão artística e técnica básica da Expressão Corporal-Dança.


Em 1976 reúne uma equipe multidisciplinar para o estudo e investigação da EC, criando seu próprio centro de formação pedagógica, onde reúne aportes significativos de profissionais da pedagogia, psicologia, neurofisiologia, sociologia, cinesiologia, psicanálise, pediatria e medicina clínica. Foram parte de sua equipe personalidades como o Dr. Roberto Cacuri, Olga Nicosía, Dr. Francisco Berdichevsky, Aída Rotbart, Musia Auspitz, Ruth Harf, Alicia Sirkin, Dra. Hebe A. Zani, Ezequiel Ander-Egg.


Através de seus cursos, conferências, artigos e livros a EC e seu enfoque sistêmico teve repercussão em âmbitos artísticos, terapêuticos e educacionais em seu país, na América Latina e na Espanha.


Estúdio Kalmar Stokoe de Expressão Corporal


Rua Monroe, número 2765, no bairro chamado Belgrano em Buenos Aires. Uma porta de ferro branca, uma escada de mármore, uma grade, outra porta de madeira e ao final da escada, um salão e um pátio. Ano de 1968, Patricia Stokoe percorría o bairro em seu velho DKW procurando um lugar apropriado para fundar seu próprio estúdio. Encontrou esta antiga casa em que viviam três senhoras em três partes separadas que davam a um só corredor. Monroe, agora uma movimentada avenida, ainda era uma rua.


Com ajuda do engenheiro Alex Schächter, retiraram as paredes entre os quartos para criar o salão com porta corrediça, salão cujo tesouso é o antigo piso de carvalho onde se frequenta com os pés descalços e assim se mantém lustrado à maneira antiga, com cera, lustrar, deslizar e rolar sobre nossos próprios corpos! Assim nasceu o Estudio de Patricia Stokoe. Através de sucessivas equipes docentes se formou e se ministrou cursos, seminários e oficinas a uma infinidade de alunos de todas as idades, contemplando sucessiva e simultaneamente três gerações.


A casa recebeu visitas de educadores, artistas, músicos e bailarinos tanto do país como do exterior. Durante 20 anos se implantou a Faculdade de Expressão Corporal de Patricia Stokoe onde se formaram cerca de 50 docentes, muitos dos quais trabalham atualmente em diversos lugares do país e do exterior.


No ano de 1996, diante do falecimento de Patricia, suas filhas decidiram manter o espaço aberto no qual atualmente segue sendo um lugar de criação, investigação e formação para todas as idades nas mãos de sua atual equipe docente. Além do citados cursos e oficinas, se realizam ensaios de obras de dança, recitais de música clássica, folclórica e jazz, mostras e projeções de filmes.


Referências


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