Companhia Perdida
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História
A Companhia Perdida foi idealizada pela bailarina e coreógrafa Juliana Moraes. Já consolidada na criação de solos e duetos, que continua paralelamente, a artista fundou a Companhia com o objetivo de viabilizar um espaço para a pesquisa de poéticas coreográficas em parceria com outros criadores-intérpretes e para a realização de espetáculos em grupo. Atualmente, fazem parte do grupo as criadoras-intérpretes Carolina Callegaro, Isabel Monteiro, Érica Tessarolo e Flávia Scheye. A preparação corporal é feita pelo ator e pesquisador Gustavo Sol.
A Companhia tem avançado na pesquisa do que Juliana Moraes denomina “dramaturgia do in/consciente”. Trata-se de uma dramaturgia que, ao invés de depender do uso de uma narrativa causal como estratégia de condução de peças de dança, aposta em deslocamentos, acumulações, substituições e, sobretudo, repetições de movimentos e imagens como operações estruturantes na criação de espetáculos coreográficos.
Entre 2008 e 2011, a pesquisa dessa poética coreográfica ocupou-se também da investigação do universo visual constituído pelas fotografias da artista americana Francesca Woodman (1958-1981). O objetivo era recriar coreograficamente as imagens fotográficas feitas por Woodman, que serviram de base para a construção de gestos e de movimentos. Esse processo de criação resultou no espetáculo (depois de) Antes da Queda.
Em 2011, a Companhia iniciou um novo projeto, intitulado Sensorimemórias. O objetivo era recriar em dança lembranças sensoriais das criadoras participantes da Companhia. Tratava-se de investigar a intricada construção sensorial do corpo a partir de experiências físicas retidas na memória das intérpretes e de basear a criação de um vocabulário de movimentos e uma dramaturgia nessa investigação.
PEÇAS CURTAS PARA DESESQUECER: uma série coreográfica da Companhia Perdida, foi o resultado dessa pesquisa. Ao invés de criar um espetáculo único, a série é composta por 8 peças curtas, de 10 a 20 minutos de duração cada. São 5 solos, um de cada integrante do grupo, além de um dueto, um trio e um quarteto. Ao serem apresentadas em sequência, as peças demonstram unidade de dramaturgia e movimentação, e o espectador pode reconhecer motivos similares que se trançam como num bordado temporal.
Idealizada tendo em vista a colaboração entre os artistas participantes e a criação coletiva, a Companhia Perdida se destaca pela atenção dispensada a todas as etapas do processo de criação e a todos os elementos de um espetáculo, funcionando como um fórum de debates não apenas para os bailarinos e coreógrafos envolvidos, mas também para os demais artistas e profissionais colaboradores, tais como figurinistas, artistas visuais e pesquisadores. Nesse sentido, ainda é importante destacar que os espetáculos da Companhia sempre contam com trilhas sonoras originais (compostas por músicos como Jonas Tatit e Laércio Resende). A Companhia também oferece oficinas, ateliês coreográficos e workshops de curta ou longa duração ao público interessado. Recentemente, publicou o livro eletrônico Sensorimemórias: um processo de criação da Companhia Perdida.
Dramaturgia do In/Consciente
A Companhia tem avançado na pesquisa do que Juliana Moraes denomina “dramaturgia do in/consciente”. Trata-se de uma dramaturgia que, ao invés de depender do uso de uma narrativa causal como estratégia de condução de peças de dança, aposta em deslocamentos, acumulações, substituições e, sobretudo, repetições de movimentos e imagens como operações estruturantes na criação de espetáculos coreográficos.
Nos últimos anos, a pesquisa dessa poética coreográfica ocupou-se também da investigação do universo visual constituído pelas fotografias da americana Francesca Woodman (1958-1981). O objetivo era recriar coreograficamente as imagens fotográficas feitas por Woodman, que serviram de base para a construção de gestos e de movimentos. Esse processo de criação resultou nos espetáculos Antes da Queda (2008) e (depois de)Antes da Queda (2009-2011).
Sensorimemórias
Em 2011, a Companhia iniciou um novo projeto, Sensorimemórias. O objetivo desse novo projeto é o de recriar em dança lembranças sensoriais dos criadores participantes da Companhia. Trata-se de investigar a intricada construção sensorial do corpo a partir de experiências físicas retidas na memória das intérpretes e de basear a criação de um vocabulário de movimentos nessa investigação.
Apoios
A Companhia Perdida já foi contemplada três vezes pelos Editais de Fomento à Dança da Prefeitura da Cidade de São Paulo. Em 2008, o apoio permitiu a realização de Antes da Queda, que foi apresentado no Teatro Viga e no Centro Cultural São Paulo, num total de 23 apresentações.
Em 2009, o mesmo tipo de apoio permitiu a realização de (depois de) Antes da Queda. O espetáculo foi apresentado, em 2010, no Centro Cultural São Paulo e nos SESCs de Bauru, São Carlos e Santo André; e, em 2011, no SESC Pinheiros (essa última apresentação contou também com o patrocínio do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo).
Em 2011, a Companhia foi novamente contemplada pelo Edital de Fomento à Dança para iniciar as atividades de seu novo projeto, Sensorimemórias.
Idealizada tendo em vista a colaboração entre os artistas participantes e a criação coletiva, a Companhia Perdida se destaca pela atenção dispensada a todas as etapas do processo de criação e a todos os elementos de um espetáculo, funcionando como um fórum de debates não apenas para os bailarinos e coreógrafos envolvidos, mas também para os demais artistas e profissionais colaboradores, tais como figurinistas, artistas visuais e pesquisadores. Nesse sentido, ainda é importante destacar que os espetáculos da Companhia sempre contam com trilhas sonoras originais (compostas por Jonas Tatit). A Companhia também oferece oficinas, ateliês coreográficos e workshops de curta ou longa duração ao público interessado.