Billy Elliot - o espetáculo

De Wikidanca

Edição feita às 19h43min de 24 de agosto de 2013 por Ana Claudia Peres (disc | contribs)
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Adaptação para os palcos do filme de mesmo nome, o musical Billy Elliot é uma montagem americana, que estreou em 2005 e, em agosto de 2013, esteve em cartaz em São Paulo, numa temporada de três semanas com versão original com legendas.


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Tabela de conteúdo

O musical

Dirigido por Stephen Daldry, o mesmo diretor do filme, Billy Elliot é uma narrativa ambientada entre 1984 e 1985, quando mineradores de uma cidadezinha do Norte da Inglaterra entram em greve por melhores condições de trabalho. Conta a história de um garoto de 11 anos, órfão de mãe e filho de um minerador, que troca as aulas de boxe pelas de balé, enfrentando a desaprovação inicial da família e o preconceito da comunidade em que vive. Para se tornar bailarino, Billy Elliot conta com o apoio da verborrágica professora Mrs. Wilkinson.

O garoto não é apenas um bom dançarino. Além da força de vontadee dedicação, tem um grande potencial para primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres.

O sonho de ser bailarino é o fio condutor do espetáculo que entrecuza o cenário político e o melodrama.

A greve de mineradores aconteceu de fato na Inglaterra dos anos 1980 e foi um episódio crucial do enfrentamento entre sindicatos e o governo neoliberal de Margareth Thatcher.

No espetáculo, a dança assume um papel redentor na vida dos personagens.

Durante a temporada no Brasil, em entrevista ao portal Terra, o diretor residente, Steven Minning, disse:

“Fiz vários shows com esse formato no exterior e a mensagem é universal. Como qualquer coisa. Um 
ato de bondade entre pessoas que não falam a mesma língua é reconhecido por si só. Creio que a história
de Billy Elliot se encaixa nisso. Um garoto dentro de um contexto político e com desafios pessoais para buscar seu
sonho com chances mínimas mostra isso”


Homenagem

A versão de Billy Elliot para os palcos faz uma homenagem ao autor escocês A.J.Cronin, que escreveu um dos mais populares e relevantes romances sociais britânicos do século 20, "The Stars Look Down", que no Brasil recebeu o título de "Sob a Luz das Estrelas". Publicado em 1935, o livro narra com veemência a vida dos trabalhadores de uma mina na Inglaterra e os conflitos dos que desejam escapar daquela vida miserável.

O livro foi adaptado para o cinema, em 1940, por Carol Reed, rendendo o longa-metragem "Sob a Luz das Estrelas".

Foi também esse romance que inspirou Billy Elliot, o filme, de 2000, e Billy Elliot, o musical, de 2005.

A homenagem a Cronin pode ser vista na abertura do espetáculo, com a canção "The Stars Look Down".


No Brasil

"Billy Elliot" foi apresentado em Londres, pela primeira vez, em 2005.

O musical que passou por São Paulo e ficou em cartaz durante três semanas, entre os dias 2 e 18 de agosto, é uma montagem americana, a mesma que ficou em cartaz por quatro anos na Broadway e ganhou oito Tony Awards.

No Brasil, a peça foi apresentada na íntegra, inclusive na sua língua original, o inglês, com legendas em português do começo ao fim do espetáculo.

Além do Brasil, essa versão circulou apenas por Estados Unidos e Canadá..

A montagem conta com a música de Elton John.

O que disse a crítica

Alcino Leite Neto, na Ilustrada: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/08/1322600-critica-musical-billy-elliot-mistura-bem-politica-e-melodrama.shtml

“E o show agrada a gregos e troianos. A música de Elton John é eficiente, e o elenco, todo ele,
correto e cativante. A direção de Daldry no musical se revela mais inspirada do que no filme,
balanceando com firmeza o lirismo e a tensão, a violência e a delicadeza”.

Ana Ribeiro, no IG São Paulo: http://jovem.ig.com.br/cultura/mix/2013-08-08/em-cartaz-em-sao-paulo-billy-elliot-o-musical-e-pra-ser-visto-bem-de-perto.html

“Ver ‘Billy Elliot, o Musical’ no teatro é realizar alguns desejos. O de acompanhar a história de 
Billy de perto, de vê-lo dançar ao vivo, de vê-lo no palco, e de torcer de novo por seu sucesso (…)
O que não viaja bem da tela para o palco é a parte política da peça, que trata da luta pelos direitos 
dos mineiros, da greve que a categoria briga para manter ativa até obter suas exigências. Por mais que
esse seja o pano de fundo do espetáculo, e que as soluções cênicas sejam inspiradas - uma das cenas,
quando os mineiros voltam para a mina, é plasticamente linda, e a plateia tem a sensação de que realmente
o elevador cheio de homens está descendo para dentro da terra -, no final é um pouco excessivo.
A gente quer ver o Billy dançar!”


Elenco

A diretora de elenco de “Billy Eliot, o musical”, Nora Brennan, viajou durante mais de um ano por todo os Estados Unidos e Canadá em busca de garotos com 12 anos que tivessem um elevado conhecimento de balé clássico e noções de sapateado, acrobacia, canto e atuação.

No palco, Billy Elliot é vivido por três jovens diferentes, que enfrentam ensaios de até 8 horas por dia e precisam ter disposição para ficar quase três horas no palco. Em entrevista ao UOL, Nora disse que a busca por novos Billys não acaba nunca, já que quando eles ficam muito altos e/ou a voz começa a engrossar têm de deixar o papel.

Na montagem atual, interpretam o protagonista os adolescentes Drew Minard, Ty Forhan e Mitchell Tobin.

Janet Dickinson, que vive Mrs. Wilkinson, a professora de balé de Billy Elliot, declarou em entrevista:

"A cada espetáculo, eu construo essa relação com Billy do zero. Os personagens começam a se conhecer
aos poucos e vão construindo uma bonita e complexa relação. Ela enxerga todo o potencial artístico dele,
mas não quer se aproximar muito para que suas expectativas não se frustrem. Ela o ama como se fosse um filho,
mas não quer que ele a veja desse jeito porque quer que ele deixe a pequena cidade e parta para Londres,
onde terá mais chances de ser bem sucedido" (do UOL http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2013/08/02/tres-meninos-vivem-billy-elliot-em-musical-papel-tem-prazo-de-validade.htm


O filme

Classificado como comédia/dramática musical, Billy Elliot é o primeiro longa-metragem de Stephen Daldry. Sucesso de público e crítica, conquistou três BAFTA, pr~emio da Academia Britânica de Artes do Cinema e Televisão: Melhor Filme Britânico, Melhor Ator (Jamie Bell) e Melhor Atriz Coadjuvante (Julie Walters), e levou três indicações ao Oscar: Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Julie Walters) e Melhor Roteiro Original.

Ficha Técnica

Referências

Ligações externas

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