María Fux

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María Fux atua como dançarina, coreógrafa e dançaterapeuta e é reconhecida como desenvolvedora do método de Dançaterapia. Possui uma estética própria e uma compreensão da dança como um caminho para a plenitude do potencial expressivo que todos possuem.

Seu trabalho engloba não só os profissionais da saúde, como fisioterapeutas e psicólogos, mas se amplia para diversas áreas, como as artes, a educação e ginasticas. María é constantemente convidada para comparecer em instituições, conferencias e seminários, a fim de testemunhar a experiência de integração, proposta por seu método, entre deficientes variados e pessoas que se interessam pela abordagem tratada pela Dançaterapia. Sua obra é integrativa, tendo em suas aulas alunos down, surdos, deficientes mentais, pessoas com problemas de isolamento ou solidão, idosos, entre outras.


Tabela de conteúdo

História

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María Fux nasceu em 02 de janeiro de 1922, em Buenos Aires, Argentina, onde viveu toda a sua infância. María começou a dançar aos 5 anos de idade, e sua paixão pela dança já podia ser notada. Aos 15 anos, ao ler a autobiografia de Isadora Duncan – Minha Vida – e conhecer a filosofia que esta seguia para dançar, María começou uma busca por uma forma de comunicação não-verbal com o corpo. Desta forma, María Fux começou a desenvolver sua própria forma de terapia, a Dançaterapia.

Aos 19 anos, se casou com John Aschero. No ano seguinte, fez sua primeira composição, chamada A última pagina (1942), no Teatro do Povo, onde se apresentou por mais 10 anos.

Em 1945, teve seu primeiro e único filho, Sergio Aschero, o qual se tornou músico, e compôs músicas para muitas obras de sua mãe.

Com 31 anos, ganhou uma bolsa para fazer aulas na escola da bailarina Martha Graham, em Nova York. Porém sofreu muitas dificuldades neste período, pois teve que deixar seu filho de sete anos em Buenos Aires, enquanto morou nos Estados Unidos, e trabalhou tirando fotocópias, o que lhe rendia quarenta e cinco dólares por semana, o que mal pagava um prato de comida.

Ao retornar a Buenos Aires, se deparou com a filha surda-muda de seus amigos, o que a motivou a desenvolver seu projeto de Dançaterapia para crianças, adultos e pessoas com deficiências. A partir daí viajou as principais cidades do interior da Argentina levando suas performances de dança e dando palestras sobre Dançaterapia.

Em 1954 e 1960, apresentou-se no Teatro Colón, em Buenos Aires, como dançarina solo, e fez uma turnê artística pelo Brasil, Estados Unidos, México, Moscou, Peru e Varsóvia.

Em 1961, participou do filme Gillespiana, onde encenou uma bailarina.

De 1960 a 1965, foi diretora do Seminário de Dançaterapia na Universidade de Buenos Aires, dando oficinas de expressão corporal para alunos e professores. Nesse período, se juntou ao júri do National Endowment for the Arts.

Em 1965, participou da produção coreográfica do filme Genesis Chaco.

De 1965 a 1990, realizou mostras permanentes no Teatro Dan Martín, e apresentou seminários pedagógicos de Dançaterapia em diversos países.

Em 1967, a convite do Instituto de Cultura Hispânica de Madrid, saiu em turnê onde fez dezesseis espetáculos em toda a Espanha, onde ganhou muitos elogios da critica da época.

Em 1967, viajou para Lisboa, em Portugal para realizar atividades relacionadas à Dançaterapia.

Em 1968, continuou apresentando espetáculos no interior do país e as pessoas começaram a se formar no seu método de Dançaterapia. No mesmo ano, apresentou um trabalho no Congresso de Musicoterapia realizado na cidade de Buenos Aires, intitulado: “A Dançaterapia, um meio de comunicação para os surdos”. Permanentemente continuou investigando o método criado para se integrar com várias deficiências e apresentar trabalhos de dança em conferências internacionais.

Em 1970, participou da Primeira Conferência Latino-Americana de Surdos, com seu trabalho sobre a importância da dança como meio de educação e de expressão para a criança surda. Foi convidada pelo Ministério da Educação e Cultura da Bolívia para realizar performances e oficinas de educação em Dançaterapia.

Em 1971, pela primeira vez, fez uma mostra com dançarinos surdos. Os espetáculos apresentados foram dedicados à crianças e adolescentes, no Teatro San Martín.

Desde 1974 viaja a cada ano para a Espanha e Itália, onde María Fux tem centros de ensino de seu método.

Em 1984, convidada pelo The Art Very Special, apresentou seu método de Dançaterapia no Centro John F. Kennedy Center, em Washington DC.

Em 1985, viajou para Cuba a convite do Ministério da Cultura do país. Deu cursos de Dançaterapia voltados para várias deficiências por um mês.

Entre 1985 e 2000 lecionou no Royal Mecenato, para pessoas com deficiência, na Espanha, e professores nas escolas para surdos, além de realizar performances de teatro e na televisão espanhola.

Em 1989, convidada pelo Very Special Arts, viajou para Taiwan como artista convidada para mostrar o seu método de Dançaterapia.

Em 1996, foi convidada pela Universidade de Sorbonne, em Paris, para realizar um seminário para estudantes e profissionais de musicoterapia.

Em 1997, o Departamento de Cultura da Colômbia a convida para ministrar cursos de Dançaterapia, a fim de capacitar profissionais para trabalhar na área de deficiência.

Entre 1997 e 1999, por três anos consecutivos, viajou a Brasília, convocada pelo CIAP, com a finalidade de formar dançoterapeutas. O Hospital Sarah Kubitschek a convidou para trabalhar na reabilitação de pacientes no pós-operatório.

Em 1998, ele foi convidado pela Secretaria de Cultura do México para ministrar cursos sobre Dançaterapia na Universidade das Artes. Ela foi convidada por uma instituição psiquiátrica para trabalhar com pessoas com deficiência.

Em 1999, estrelou no teatro dançando Depois da minha partida, no auditório do Centro Cultural Recoleta. Incluiu obras como O que é o tempo?, Meu medo e A busca contínua por amor.

No final de 1999, antes de viajar para a Itália para avaliar os seus cursos durante o verão argentino, Fux caiu em um poço e quebrou uma das patelas em duas partes.

Em 2000, o Hospital Psiquiátrico Borda, em Buenos Aires convidou Fux para trabalhar de forma integrada com os médicos e os pacientes, participando também em performances de dança.

Em novembro de 2001 ela foi convidada para a abertura do IX Congresso de Gerontologia e Geriatria, em Buenos Aires.

Em setembro de 2002, foi convidada para ir à cidade de Recife, onde deu seminários no Convento de San Francisco – Olinda, destinado a profissionais de educação, psicólogos, fonoaudiólogos, dançarinos, ginastas e artistas.


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Em outubro de 2002, na Universidad Andrés Bello, no Chile, foi nomeada para ministrar no seminário "Paralelos entre Musicoterapia e Dançaterapia”.

Em novembro de 2002, deu um workshop organizado pelo Departamento de Educação Musical, em colaboração com o Departamento de Educação Especial da Universidade Metropolitana de Ciências da Educação, em Santiago do Chile, dirigida a profissionais e estudantes nas áreas de educação especial, Educação Física, Educação Musical e Cinesiologia.

Em janeiro de 2003, participou do Primeiro Congresso Internacional de Verão "A evolução da Musicoterapia", declarado de interesse parlamentar pelo Senado da Nação, organizado pela Universidade do Museu Social Argentino e Fundação de Musicoterapia.

Em novembro de 2002, viajou para o Brasil para abrir o Centro Internacional de Dançaterapia María Fux, na cidade de Goiás. Entre cerimônias, canções e danças indígenas, a reunião foi dada por Pio Campo, dançaterapeuta ítalo-brasileiro, fez sua formação com Maria Fux na Itália, Brasil e Argentina.

Em maio de 2003, participou do Seminário Dançaterapia com oficinas, realizado no Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo.

Em janeiro de 2004, durante a turnê anual na Itália, foi inaugurado o María Fux Centro de Documentação, do Centro de Arte e Dançaterapia, na Itália, em comemoração aos 20 anos de atividade no país. Este centro é proposto como um ponto de referência para todos aqueles que atuam no campo da terapia com a arte da dança.

Em abril de 2004, apresentou o seu livro “O que é a Dançaterapia, as perguntas têm respostas”, na Feira Internacional do Livro, na cidade de Buenos Aires.

Em maio de 2004, apresentou seminários e workshops de Dançaterapia realizados em São Paulo.

Ao longo dos anos, ela ensinou diversos atores a linguagem corporal, alguns deles são Norman Briski, Marilu Marini , Sonia Lopez e Ana Kamien.

Em outubro de 2006, o Conselho Superior de IUNA aprovou os currículos para a especialização e formação em Dançaterapia, e María Fux foi nomeada diretora artística.

Em abril de 2007, apresentou o seu livro “Fragmentos de vida”, traduzidos em Braille da Biblioteca Provincial de La Plata.

Em maio de 2007, dançou com um grupo composto por alunos com deficiência no Feira Internacional do Livro. Apresentado lá o seu quinto livro: “Ser dançaterapeuta hoje”, junto com um DVD com imagens da aplicação do seu método na Itália e na Argentina, editado pela Lumen.

Em agosto de 2008, María Fux participou da dissertação sobre "Os valores que contribuem para a formação e acompanhamento de dança e as necessidades humanas, como indivíduo e ser social" no CID (Conselho Internacional de Dança) / UNESCO Fórum Global de Dança.

Em 2010, foi chamada para fazer parte do documentário: “Um passeio diferente”.

Em setembro de 2011, María Fux foi convidada pelas autoridades da Universidade de ISALUD para falar sobre a o envelhecer no novo século. Participou da mesa redonda "Ou me aposento ou me aposentam", com Professor Silvia Gascón, radialista Fernando Bravo e futebolista Ruben Magus Capria.

Em outubro de 2011, Maria Fux foi convidada para o 47º Colóquio Anual da IDEA, "A Argentina no mundo: Construir oportunidades para a próxima década", na cidade de Mar del Plata. Participou com uma apresentação audiovisual sobre a Dançaterapia e saúde.


Método Dançaterapia

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A Dançaterapia é uma abordagem corporal, que promove a inclusão e socialização das pessoas, procurando dar-lhes confiança para criar e abandonar os medos e as limitações do próprio corpo. Isso se dá através do conhecimento transpessoal do individuo, que estimula o movimento criativo e a espontaneidade do corpo.

Esse método foi desenvolvido pela dançarina Argentina María Fux, que através de suas experiências descobriu possibilidades de crescimento e transformação pessoal através do movimento e de estímulos, como a música e o silencio, cores e objetos, instrumentos e o próprio corpo. A proposta é a utilizar os recursos artísticos, educacionais e terapêuticos da dança para encontrar as pessoas e auxiliá-las a descobrir caminhos, superar os desafios e viver mais felizes.


Publicações

María Fux publicou sete livros, onde alguns foram traduzidos em Italiano e Português:


Premiações


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Ligações externas

Site María Fux


Referências

Centro Internacional de Dança Terapia María Fux. Disponível em: <http://www.dancaterapia.org/?page_id=223> Acesso em: 15 de jun. de 2013.
Centro Brasileiro de Dançaterapia. Disponível em: <http://www.dancaterapia.com.br/> Acesso em: 18 de jun. de 2013.
FUX, María. Dançaterapia. 3° edição. São Paulo: Summus Editorial, 1988.
FUX, María. Formação em Dançaterapia. 1° edição. São Paulo: Summus Editorial, 1996.
FUX, María. Dança, Experiência de vida. 4° edição. São Paulo: Summus Editorial, 1983.
María Fux Danzaterapia. Disponível em: < http://www.mariafux.com.ar/> Acesso em: 12 de jun. de 2013.

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