Ivani Santana

De Wikidanca

Criadora e Pesquisa em Dança com Mediação Tecnológica. Mestre e Doutora em Comunicação e Semiótica (PUC – SP). Pós Doutorado em Networked Performance pelo Sonic Arts Research Center (UK). Professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA, PPGAC).

Imagem retirada do website da artista www.ivanisantana.net

Bio

Ivani Santana começou sua relação com a dança aos 9 anos de idade. Ingressou na Escola Municipal de Bailados (SP) aos 12 anos. Em 1989 se formou como bailarina profissional e logo no início dos anos 90 começou sua pesquisa com dança e mediação tecnológica.

Em 1997, ingressou no curso de Pós-Graduação strictu senso, Mestrado, na Faculdade de Comunicação Social, no Programa de Comunicação e Semiótica (PUC/SP). A conclusão do curso se deu em uma obra coreográfica, “Corpo Aberto”, criada no software LifeForms, que também foi selecionada para o programa Rumos Dança Itaú Cultural, em 2001.

O doutorado foi realizado no mesmo programa, Comunicação e Semiótica, PUC/SP, em paralelo a uma residência artística no Environments Lab (EUA), onde desenvolveu sua pesquisa artística. O resultado foi a obra “PELE” (2002), em pesquisa realizada com estudos de telemática e motion capture.

Em 2003, muda-se para a Bahia e inicia sua carreira de docente na UFBA.

Desde 2005 desenvolve pesquisas em dança telemática (Networked Performance), sendo responsável pela criação da primeira obra utilizando as "redes avançadas acadêmicas de telecomunicação", sendo esta sua atual linha de pesquisa.

Em 2006 recebeu o Prêmio UNESCO para Promoção das Artes - Novas Tecnologias.

Em 2013, conclui seu pós-doutorado pelo Sonic Arts Research Center (Reino Unido) com o projeto “Dramaturgias do Corpo Tele-Sonoro”. Atualmente é professora do Instituto de Humanidades Artes e Ciências Prof. Milton Santos e do Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas (UFBA). É líder do Grupo de Pesquisa Poética Tecnológica na Dança e Diretora da plataforma MAPA D2.

Dança e Tecnologia

Ivani Santana é hoje uma das principais referências, tanto na pesquisa artística quanto acadêmica, para a temática de Dança e Tecnologia, ou como a autora prefere chamar “dança com mediação tecnológica”. Publicou dois livros que versam sobre o assunto e diversos artigos acadêmicos. Participa de congressos e festivais e já foi premiada por sua atuação na área.

Como pesquisadora e acadêmica, Santana trabalhou na criação e atua no desenvolvimento de duas frentes importantes para pesquisadores e artistas que trabalham no limiar entre o corpo e as chamadas “novas tecnologias de comunicação”. Os projetos são: Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas e MAPA D2. Com dinâmicas diferentes, os dois projetos possuem em comum a ativação de uma rede de trabalho em torno de um mesmo eixo temático.

Como artista, Santana foi pioneira na experimentação de novas tecnologias de comunicação na produção coreográfica no Brasil, sendo a dança telemática sua contribuição mais inovadora. A coreógrafa trabalhou coreograficamente com softwares de movimento como o LifeForm e o motion capture, ambos tecnologias digitais que possibilitam a virtualização do corpo e trazem à cena uma experiência sensorial e interativa.

Principais Trabalhos

Corpo Aberto (2001) - resultado do mestrado e selecionado para o Rumos Dança Itaú Cultural;

Pele (2002) - criado na Residência do Ateliê de Coreógrafos Brasileiros;

Casa de Nina (2004);

"e fez o homem sua diferença" (2005);

As danças telemáticas "VERSUS" (2005, entre 3 cidades brasileiras);

Proyecto Paso (2006, entre 3 países);

Paso ao Chile (2007, entre 4 países);

(In)TOQue (2008, entre 4 cidades brasileira);

EU (2008) - apresentado no Festival Internacional de Teatro da Bahia e selecionado em 2009 para o FESTIVAL BAINS NUMERIQUES #4, no Centre des Arts Enghien-les-Bians, França;

Pormundos Afeto (2009) - primeiro trabalho de dança telemática que reúne dançarinos, músicos, robô e usuários da internet interagindo em tempo real, realizado artisticamente entre Espanha e Brasil (www.lavid.ufpb.br/gtmda).