Gisèle Santoro

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<p align="justify" >MARTINELLI, Susi e De CUNTO, Yara. ' ' ' A História que se Dança: 45 anos do movimento da Dança em Brasília ' ' '. Concepção e Organização: Yara De Cunto, Texto: Susi Martinelli.  2005.</p>  
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<p align="justify" >De CUNTO, Yara e MARTINELLI, Susi. '''A História que se Dança: 45 anos do movimento da Dança em Brasília.''' Concepção e Organização: Yara De Cunto, Texto: Susi Martinelli.  2005.</p>  
[http://www.claudiosantoro.art.br/Santoro/gisele_santoro.html  Gisèle Santoro no site de Claudio Santoro]
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[http://www.dance.art.br/2011/ Festival Internacional de Dança de Brasília - Dance Brasil]
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Edição de 19h12min de 27 de outubro de 2011

Gisele santoro.jpg

Tabela de conteúdo

Introdução

Mâitre de Ballet, Coreógrafa, Professora, Coordenadora e Diretora Artística do Seminário Internacional de Dança de Brasília


As histórias de Gisèle Santoro e sua dança se misturam com a história de Brasília, a começar pelo momento em que dançou no espetáculo comemorativo à inauguração de Brasília. Em 1962, Gisèle Santoro retorna a Brasília para apresentar-se com a Fundação Brasileira de Balé e nesta ocasião conhece seu futuro marido, Claudio Santoro (1919 - 1989).


Formada pela Escola de Danças Clássical do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, já tinha interesse pela docência quando passou a viver em Brasília. Começou a dar aulas de Balé Clássico em sua casa porém sonhava em formar um Corpo de Baile e uma escola Oficial de Dança.


Já por aqueles anos desenvolveu projetos que oferecia aulas de dança às escolas públicas e preparou uma audição para formar o almejado Corpo de baile que também atuaria como professores da escola, mas essa iniciativa não vingou. Com o golpe de 1964, os aeroportos foram fechados e os bailarinos de outros estados não puderem comparecer à audição e com apenas duas bailarinas presentes, pois já residiam em Brasília (Norma Líllia e Lúcia Toller), a seleção foi anulada.Em 1966, com todo caos do movimento politítico, Cláudio Santoro foi exilado e Gisèle Santoro o acompanhou deixando o país por mais 10 anos.


Dentre seus professores destacam-se Leda Iuqui, Nina Verchinina, Lennie Dale, Berta Rozanova, Mary Wigman e de Eugênia Feodorova (sua orientadora na pós-graduação na Fundação Brasileira de Ballet), entre outros com quais teve a oportunidade de estudar em seus cursos de aperfeiçoamento nos EUA e na Europa.


Retornando ao Brasil no fim da década de 70, sonha montar uma escola de dança, vinculada e nas dependências da Escola de Música de Brasília. Após inúmeras tentativas, Gisèle Santoro monta sua própria Academia, o Balé de Câmara Gisèle Santoro e o Ballet de Brasília. Na década de 80 inicia a realização dos Cursos Nacionais de Aperfeiçoamento em Dança e anos mais tarde concretizará um dos maiores eventos internacionais de dança do país, realizado até os dias de hoje, trazendo grandes profissionais à Brasilia e colocando os bailarinos brasileiros em contato com instituições de outros países, articulando bolsas de estudos com instituições européias com as quais se torna parceira.


Sua atuação profissional como Mâitre de Ballet, Coreógrafa, Professora não se restringiu ao Brasil, sendo diversas vezes convidada para trabalhar no exterior, nos mais diversos países, dentre os quais: Itália, Alemanha, França, Áustria, Estados Unidos (New York, Buffalo, Miami, Iowa, Boston e Los Angeles), Austrália (Melbourne, Sidney), Paraguai, Rússia, Japão e Uruguai. Além disso foi jurada em concursos nacionais e internacionais de dança, sempre de olho em grandes promessas da dança. Também atuou como Membro do Júri de Seleção do Prêmio Estadão de Cultura. Em 1992 foi convidada por Uwe Scholz para ser Maître de Ballet da Ópera de Leipzig.


Ao voltar ao Brasil assume a Coordenação de Intercâmbio Cultural da Secretaria de Cultura e Esporte do Distrito Federal, de 1995 a 1999, iniciando sua atuação política de maneira mais direta. Atua como consultora da CAPES e do CNPq, para concessão de bolsas para doutoramento no exterior e da Caixa Econômica Federal para concessão de patrocínios . É representante na América Latina da Federação Nacional Interprofissional de Dança da França, membro da Academia de Música e Letras de Brasília (ALMUB), Fundadora e Secretária Executiva da Associação Cultural Claudio Santoro (criada em 1989 em homenagem ao maestro) , Presidente da Associação dos Profissionais de Dança do DF e membro da Associação dos Bailarinos Profissionais do DF.


Premiações

Dentre as distinções de que foi alvo, destacam-se:

Ordem do Mérito de Brasília,

Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes,

Medalha de Honra da Prefeitura de Garches (Paris, França),

Troféu Fashion Night (Melhor do Ano na Área de Dança),

Medalha de Mérito Carlos Gomes (ALMUB),

Medalha de Mérito da RV Promoções,

Troféu Anatel e Fulbright Commission Fellowship,

Medalha da Staat. Ballettschule Berlin,

Medalha do Concurso Internacional de Dança de Osaka,

Troféu II New Fest Dance de Campos de Jordão,

Troféu Partner de Dança de Salão,

Troféu do 4º. Festdança de Goiânia,

Troféu do XXII Festival Nacional de Dança do CBDD,

Troféu Taguatinga Dança 2005,

Troféu III Mostra de Dança de Mato Grosso,

Troféu Associação Nacional de Dança de Salão/ANDANÇAS.

Eleita por jornalistas como uma das Mães que representam Brasília.

Escolhida pelo Ministério da Cultura como uma das cinco personalidades do país como "“Mulheres que fazem Cultura”, em 2005.


Seminário Internacional de Dança de Brasília

Em 1990, Gisèle realiza o primeiro Seminário Internacional de Dança de Brasília, evento realizado periódicamente até hoje, com o nome fantasia de Dance Brasil. Esse evento de grandes proporções é o maior evento realizado na cidade em termos de cursos, workshops, audição para seleção de bailarinos bolsistas para estudar em renomadas instituições européias. Em 2011 realizou sua XXI edição e Gisèle Santoro continua sua luta na Direção Artística e Coordenação do evento, para que mais alunos consigam a oportunidade de irem para fora do país se aperfeiçoarem, já que grande parte dos alunos não teria condições de financiar estadia, alimentação, transporte e as próprias aulas.


Durante três semanas os inscritos tem a possibilidade de vários workshops, cursos, master-classes, assistirem aos espetáculos programados além claro de participarem do concurso de dança se apresentando para concorrerem aos prêmios ou assistindo essas apresentações. Dentre as premiações do Concurso estão medalhas de ouro, prata e bronze para todas as categorias e níveis, além da possibilidadede concorrerem à algumas premiações em espécie.


Desvinculado ao Concurso de Dança, existem os prêmios especiais como as Bolsas de Estudo e os Estágios em instituições estrangeiras. Esses prêmios são dados após uma avaliação completa e detalhada do participante durante o Seminário, isso significa que a observação e a avaliação considerará não só o desempenho, mas também o potencial, o interesse, o apredizado e desenvolvimento do participante em aulas e ensaios. Dentre os países anfitriões destacam-se Alemanha, Austria, Canadá, Espanha, Estados Unidos e República Tcheca.



Referências

De CUNTO, Yara e MARTINELLI, Susi. A História que se Dança: 45 anos do movimento da Dança em Brasília. Concepção e Organização: Yara De Cunto, Texto: Susi Martinelli. 2005.

Gisèle Santoro no site de Claudio Santoro

Festival Internacional de Dança de Brasília - Dance Brasil

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