Ana Bottosso

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Ana Bottosso é professora de dança contemporânea e ballet clássico, coreógrafa e bailarina. Formou-se na PUC/SP em ciências sociais e atualmente desenvolve pesquisas na área de Dança Teatro. Ana começou sua trajetória na dança aos sete anos de idade, e posteriormente conquistou sua profissionalização com os cursos de Habilitação Plena para Bailarinos e da Royal Academy of Dancing de Londres, onde conquistou o seu diploma de Teacher Certificate.

No Brasil Ana Bottosso participou de cursos e trabalhos com renomados profissionais, entre eles estão: Ilara Lopes, Ismael Guiser, Yoko Okada, Maestro Ricardo Ordonez, Luiz Arrieta, Ivonice Satier, Marika Gidalli, Jorge Pena, Suzana Svetloff, Tina Sttuart, Douglas Nielsen, Henrique Rodovalho. No exterior já frequentou aulas em companhiasprofissionais com as seguintes personalidades: Raymond Franchetti (França), Andrzej Zieminski (Bélgica), Josella Ascha (Alemanha), Rita Langfeld (Alemanha) e Joseph Twmin (Israel). Atualmente aperfeiçoa-se em Dança Moderna e Contemporânea no Alvin Ailey American Dance Center em Nova York, com os mestres Denise Jefferson, Milton Myers e Jolea Maffei. Ana conquistou diversos prêmios como coreógrafa em renomados festivais pelo Brasil, dentre eles estão: Festival de Dança de Joinville (SC), Festival de Dança do Triângulo (MG), Enda (SP), Passo de Arte (SP), Promodança (SP), Entredança (SP).

Como trabalha com as experiências de dança teatro, Ana desenvolve trabalhos corporais com jovens atores, e já coreografou alguns trabalhos para peças teatrais, incluindo também essas experiências ao seu processo de pesquisa. Oriundo desse trabalho surgiu o grupo experimental Danceato, atualmente coordenado por ela. Para esse grupo Bottosso coreografou Ofertórium, Karo - A Terra dos Primeiros, Figura de Van, Quando Te Gosto Senti, Covacha, Três Momentos do Movimento, A Ilha do José.

Atualmente Ana Bottosso é diretora da Companhia de Danças de Diadema e do Projeto de Formação e Difusão em Dança desenvolvido em Diadema através de um programa permanente de oficinas. Dentro da Companhia de Danças de Diadema criou obras como: Arte & Raiz (trechos), No Prego, Lacrimosa e Crendices... quem disse???. Ainda dentro da companhia ela atua como bailarina e coreógrafa e também é Assessora de Linguagens (Dança) de Diadema.


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Tabela de conteúdo

ARTE & RAIZ

Release

Passando um rápido olhar sobre os movimentos culturais deste século, vimos que quando o Brasil comemorava seus 100 anos de independência, os movimentos artísticos também declaravam sua autonomia em relação às regras do passado.

A Semana de Arte Moderna e seus desdobramentos, como o Antropofagismo nos anos 20, levantaram a discussão da identidade cultural brasileira enquanto cruzamento de elementos primitivos - africanos, indígenas, folclórico, populares - com a modernidade.

Na década de 60, o Tropicalismo retomava, na área da música popular e pop, a questão das "raízes e antenas", a tradição e as inovações culturais. A pesquisa sobre as origens foi, e ainda é, uma das chaves principais para a inovação na música, dança, literatura, teatro e pintura.

Foi com esse objetivo que a Cia de Danças de Diadema criou este trabalho carregado de elementos tradicionais de nossa cultura mesclados à dança-teatro que resultou da pesquisa sobre os gestuais do homem brasileiro, tendo como material de apoio o trabalho do etnólogo potiguar Luís da Câmara Cascudo. Sua obra História de Nossos Gestos, que inspirou muitas das cenas deste espetáculo, apresenta uma análise do gestual não só como expressão comunicativa, mas também como um espelho da identidade cultural do indivíduo e da sociedade.

Aproveitando a globalização que estamos vivemos neste ínicio de século, a Cia de Danças de Diadema, mescla diferentes fontes de referências para compor seu trabalho coreográfico. Como menciona Câmara Cascudo, "o brasileiro possui também uma miscigenação mental, que permite a ele adaptar-se e apropriar-se de tudo o que está a sua volta, sem perder sua autenticidade. Arte e Raiz serve-se dessa "enciclopédia de movimentos", apropriando-se das danças e festas populares e interligando tudo isso com dança contemporânea e teatro. A trilha sonora deste espetáculo foi também um trabalho de criação coletiva, com a participação de músicos da cidade de Diadema. Utilizando a sonoridade de elemetos musicais brasileiros, a banda Neghócios a Parte e os músicos Marcos Zanda e Cleber San, desenvolveram novos arranjos, versões e criações próprias para o espetáculo, buscando explorar ao máximo a interação entre coreógrafos, bailarinos e músicos.

NO PREGO

Release

Assim como paisagens passam quando olhamos pela janela de um trem, em frações de segundo uma vida toda passa pela lembrança do personagem de "No Prego".

Esse homem relembra momentos que partem de sua infância, vivida entre caixotes, mercados e feiras, passam por sua maturidade em busca de um grande amor, e desembocam no momento presente.

Nesse presente questiona, então o que viveu, como viveu e por que...De certa forma o ato da venda sempre foi uma constante em sua vida, levando-o a criar uma rotina sem porto seguro, onde todos os lugares eram O lugar, todas as pessoas eram A pessoa, todos os amores... eram o único.

Esse trabalho foi inspirado nos pregões criados por vendedores ambulantes que transitam entre cidade e outra, levando seus produtos, mas não apenas isso. Acabam servindo como propagadores e difusores das notícias locais.

Estabelecem assim, não apenas troca de mercadoria, mas também de cultura. Assim, esse personagem ontem, hoje e amanhã é paralelamente um pouco de cada um de nós.

LACRIMOSA

CRENDICES... QUEM DISSE???

Release

Em sua mais recente criação coreográfica, a Companhia de Danças de Diadema, pretende abordar as crendices populares que habitam o dia–a–dia do povo brasileiro, tendo como base temática da pesquisa gestual e de movimentação, elementos das danças populares brasileiras, transformadas por meio da visão contemporânea. Desde sua ideia de concepção inicial, em junho de 2006, a pesquisa se desenvolveu alimentada pela arte literária de Ariano Suassuna, um intrigante romancista, dramaturgo, poeta e filósofo brasileiro. Extraídas de alguns trechos do seu romance “A Pedra do Reino” foram destacadas passagens em que a crença em fenômenos do cotidiano, é elemento determinante do destino de um povo. Crenças populares, advindas do passado de cada um de nós e dos textos do autor, foram fonte de inspiração para este trabalho coreográfico, unindo “causos”, tragédias, alegrias e curiosidades. Assim, em um contexto final, aborda-se a diversidade cultural do brasileiro manifestada por meio de suas crendices.

Referências

Companhia de Danças de Diadema. Disponível em: <<http://www.ciadedancas.apbd.org.br/>>. Acesso em: 10 jul. 2013.

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