Ballet Jovem Palácio das Artes
De Wikidanca
O Ballet Jovem Palácio das Artes é um projeto da Diretoria de Ensino e Extensão da Fundação Clóvis Salgado (BH) foi criado com o objetivo de preencher um espaço vazio existente entre a formação e a inserção de um bailarino no mercado, um corpo de dança jovem formado por bailarinos com idade entre 15 e 25 anos que são preparados para atuarem em companhias e grupos profissionais já estabelecidos no mercado brasileiro.
Um projeto que valoriza o protagonismo juvenil nos setores artístico-cultural mineiro e brasileiro.
O Ballet Jovem Palácio das Artes tem a direção geral de Patrícia Avellar Zol, direção artística do coreógrafo e maitre de ballet Tíndaro Silvano e coordenação geral de Fernanda Vieira. Também participam do projeto, na preparação dos bailarinos, a assistente de coreografia e ensaios Malu Figueirôa, o ensaiador Fernando Maciel, o orientador teatral Cláudio Dias, a pianista Pompéia Dutra, o instrutor de Swásthya Yôga Luis Henrique Pavam dentre outros profissionais.
Tabela de conteúdo |
Alguns Trabalhos
Goldberg
Com concepção e coreografia de Tíndaro Silvano, esta nova criação leva ao palco as variações de “Goldberg”, composição de Johann Sebastian Bach, de 1741, em versão em ritmo de jazz executada por Jacques Loussier Trio.
Considerado um dos mais importantes exemplos da forma variação, a composição foi criada para que o Conde Hermann Karl Von Keyserling tivesse algumas obras para piano de caráter suave, mas ao mesmo tempo vigoroso, e pudesse ser consolado por elas em suas noites de insônia. O jovem e talentoso Johann Gottlieb Goldberg (que recebeu a partitura da obra aos 14 anos de idade) era o músico que, diariamente, executava as canções para o Conde e teve as variações dedicadas a ele posteriormente.
O coreógrafo Tíndaro Silvano afirma que no palco, uma coreografia que demonstra um ambiente nervoso, inquieto, no qual a sensação de incômodo provocada pela insônia serve de inspiração para a criação da ambiência cênica e para a movimentação apresentada.
A ideia da inquietude e do piano, que é tocado incessantemente durante a noite, fica exposta durante todo o espetáculo. Há uma tensão, percebida claramente nos movimentos, durante todo o tempo. A angústia de não conseguir dormir caminha ao lado da música, que se inicia suave, passa por um agitamento e acalma-se novamente.
Sostenuto
O coreógrafo argentino Luis Arrieta buscou no dicionário o verbo sustentar para definir o desenvolvimento da coreografia SOSTENUTO. A construção do movimento foi elaborada no sentido de “Impedir que se caia, amparar, estimular, equilibrar-se”, como define o verbo no dicionário. A trilha sonora é do compositor Sergei Rachmaninoff.
Sobre a coreografia, Luis Arrieta explica que se trata, basicamente, da investigação do espaço e das dimensões. Segundo ele, “a proposta é trabalhar a descoberta do espaço cênico. Para o bailarino, este é apenas o seu local de trabalho, mas para os espectadores, se constitui em um lugar mágico, em um espaço que sustenta os artistas para que possam falar e contar suas histórias”. Arrieta revela ainda o papel que o palco vai desempenhar na coreografia: “Usamos o palco e o espaço cênico como um lugar de descoberta e através de todas as sugestões deste verbo Sustentar / Sostenuto, trabalho com este trio”.
Diálogos
Em DIÁLOGOS, o Ballet Jovem Palácio das Artes contou com duas participações especiais: o coreógrafo Rui Moreira e o Grupo de Percussão do CEFAR, que assina a trilha sonora. Os músicos Breno Bragança, Caio Plínio, Gabriel Bruce, Natália Mitre e Rodrigo Nargel criaram a trilha a partir da composição de elementos acústicos e eletrônicos em diálogo com o movimento. As vozes dos bailarinos, incluídas na música, expressam o antagonismo entre luz e sombra e foram manipuladas digitalmente, servindo de base para a inserção dos instrumentos de percussão.
Para a coreografia, Rui Moreira buscou suas pesquisas gestuais, como a apropriação dos movimentos de danças étnicas e populares mesclando com técnicas acadêmicas. Segundo ele, “o inesgotável e inspirador caldeirão de culturas do Brasil me toca profundamente, e venho transformando este interesse em peças coreográficas para diferenciados elencos”. No primeiro momento, propõe uma profusão de movimentos abstratos que dialoga com a música ao vivo e desenham o espaço cênico de maneira a oferecer ao público uma gama possibilidade de percepções poéticas sem que se construam imagens concretas. É um exercício sensorial envolvendo a subjetividade do movimento e seus signos.
Contracapa
Estréia – novembro de 2009.
Contracapa é a primeira experiência de três jovens artistas na elaboração de uma peça de balé. Cassilene Abranches e Janaína Castro, ambas bailarinas do Grupo Corpo, e Gabriel Pederneiras, Coordenador Técnico do mesmo grupo, fizeram sua estréia como criadores de coreografia, figurino, cenário e luz, respectivamente. A trilha sonora ficou a cargo do músico veterano Cecelo Frony que tomou por base 7 canções dos Beatles. A coreografia se utiliza de muitas formações de grupo que preenchem todo o palco, exceção feita por um suave pas-de-deux e por uma emblemática caminhada-solo. A luz sóbria, e um cenário de 4 cores cedem o palco aos verdadeiros donos da cena: uma vigorosa trupe de 17 bailarinos encantadores.
Música – Cecelo Frony sobre canções dos Beatles
Coreografia – Cassilene Abranches
Figurino – Janaína Castro
Iluminação e Cenário – Gabriel Pederneiras
Trecho em vídeo desse espetáculo
Iungo
Estréia – maio de 2009
Obra criada por Adriaan Luteijn coreógrafo da Cia INTRODANS - Holanda. Visando uma estreita comunicação entre bailarinos no mundo, Adriaan desenvolveu um trabalho coreográfico que proporciona a interação entre bailarinos da INTRODANS e bailarinos dos países por onde a companhia se apresenta em suas turnês internacionais. A interação entre o elenco holandês e o elenco mineiro surgiu na participação da Cia Introdans no programa “Conexão Internacional da Dança” na cidade de São Paulo em novembro de 2008 onde os dois grupos juntos, no palco do Teatro Sérgio Cardoso apresentaram IUNGO. A coreografia aborda a urgência dos homens em encontrar na vida cotidiana um lugar silencioso, tranqüilo, confortável e seguro. (Adriaan Luteijn)
Música – F. Chopin
Coreografia e Figurino – Adriaan Luteijn
Iluminação - Hans Giesberts (Introdans)
Estréia – 2006
O corpo do Homem desde que é engendrado, na sua morfologia e conseqüentemente nos seus movimentos, representa em cada estagio dos nove meses de gestação a evolução que os seres vivos do planeta fizeram ao longo de milhões de anos. Após o nascimento podemos ver a continuação dessa evolução em todo o processo do desenvolvimento motor da criança: arrastar-se, engatinhar, andar na postura ereta, correr, dançar. Existe uma memória ou herança genética presente no adulto urbano, que ainda podemos ver aparecer, mesmo que disfarçadamente, sob o terno ou couraças, em gestos, atitudes e reações físicas cotidianas. Seguramente, resgatar os diferentes animais da residência física do homem seja o exercício mais profundo, auto-consciente e esperançoso que a prática da dança tem me proporcionado.
Música - Camille Saint-Säens
Concepção, coreografia, figurino e interpretação - Luis Arrieta
Iluminação - Joyce Drummond e Luis Arrieta
Leia-se...
“Muitos dançam sobre o solo, mas não na pista do autoconhecimento. Como poderemos nos achar sem nunca nos perder? Como seremos humanos se não nos aproximamos de nós mesmos?” Rodrigo Giése
Música - Wim Mertens e Yann Tiersen
Coreografia - Rodrigo Giése
Direção de ensaios – Fernanda Vieira
Assistência de coreografia e ensaios – Maria Luiza Figueirôa, Patrícia Fonseca.
Figurino – William Rausch
Direção de palco e Iluminação – Jorge Luiz
Bailarinos – Amanda Sant’ana, Bruna Bizzoto, Bruno Rodrigues, Bruno Colman, Dener Bispo, Eliatrice Gischewski, Hícaro Nicolai, Luciana Ferreira, Maíra Campos, Monique Vilar, Rafael Araújo, Rodrigo Antero, Willian di Paula.
Capricho
“Este dueto trata-se na verdade de um teste de limite físico onde os bailarinos são explorados em todo o seu vigor. O vocabulário coreográfico foi desenvolvido como em um jogo de perguntas e respostas através da excepcional musica de Paganini (1782-1840). O solo do violino desafia e incita a ir além das possibilidades alcançadas . Reafirmar o virtuosismo como elemento ativo e estimulante da arte é também uma das propostas deste "capricho".” Tíndaro Silvano
Música - Niccolò Paganini
Coreografia – Tíndaro Silvano
Direção de ensaios – Fernanda Vieira
Assistência de coreografia e ensaios – Maria Luiza Figueirôa, Patrícia Fonseca
Figurino – William Rausch
Direção de palco e Iluminação – Jorge Luiz
Bailarinos – Amanda Sant’ana e Hícaro Nicolai │ Maíra Campos e Dener Bispo
Impromtu
O termo “Impromptu” na nomenclatura musical significa “aparentemente improvisado”. Egberto Gismonti, ao se apropriar de um ritmo tão marcante e popular como o chorinho parece querer distorcê-lo, decupá-lo ou mesmo criar uma cadência de samba para mais tarde transformá-lo numa grande festa polirítmica.
Aparentemente os bailarinos se movem livres e independentemente ou em cânones que de uma forma ou de outra pretendem estilhaçar a estrutura coreográfica. Mais à frente estarão trabalhando em uníssono (todos juntos fazendo a mesma seqüência na mesma hora) tentando através destas técnicas deixar na memória do expectador uma forte imagem de cada um isoladamente e mostrar o impacto desta massa que se move junta. Num misto de atletas e poetas eles deverão ser capazes de captar uma idéia teatral, um som específico, uma intenção de movimento e transformá-los numa mensagem física capaz de acrescentar algo de novo e bom. Tindaro Silvano
Música – Egberto Gismonti
Coreografia – Tíndaro Silvano
Remontagem e Direção de ensaios – Fernanda Vieira
Assistência de coreografia e ensaios – Maria Luiza Figueirôa
Figurino – Marco Paulo Rolla
Direção de palco e Iluminação – Jorge Luiz
Vídeo – Fabrício Mendes
Bailarinos - Amanda Sant’ana, Bruna Bizzoto, Bruno Rodrigues, Dener Bispo, Eliatrice Gischewski, Hícaro Nicolai, Luciana Ferreira, Maíra Campos, Monique Vilar, Rafael Araújo, Rodrigo Antero, Willian di Paula.
Ficha Técnica
- Direção Geral
Patrícia Avellar Zol
- Direção Artística e de Ensaio
Andréa Maia
- Direção Teatral
Cláudio Dias
- Assistente de Coreografia e Ensaios
Tiça Pinheiro
- Professor de técnica clássica
Leonard Henrique
- Instrutor de Swásthya Yôga
Luis Henrique Pavan
- Produção
Simone Rangel, Thiago Oliveira, Tiça Pinheiro
- Secretária Executiva
Janaína Fernandes
Direção Artística e Ensaios
Andréa Maia
Nascida em Belo Horizonte (MG), deu inicio a sua atividade artística profissional em 1982, com o Camaleão Grupo de Dança (B.H.), onde também desenvolveu o trabalho de ensaiadora e assistente de coreografia até 1986. De 1986 a 1988 integrou a Cia. de Dança de Minas Gerais (Palácio das Artes B.H.), sendo indicada ao prêmio de melhor bailarina pela Fundacem. Em 1989 ingressou no elenco do Balé da Cidade de São Paulo e em 2000 passou a integrar a Cia. 2 dessa companhia, tendo desenvolvido também o trabalho de ensaiadora e assistente de coreografia. No período de 1980 a 1986, ministrou aulas de dança clássica, moderno, jazz e sapateado no Studio Núcleo Artístico e preparou alunos para o Exame da Royal Academy of Dance. Desde 2006 desenvolve junto ao Dr. Ricardo Ghelman e a Robson Lourenço, uma pesquisa sobre a Embriologia, que aborda o estudo da origem da vida, aqui relacionado com o desenvolvimento do seu trabalho artístico que vem construindo ao longo de sua carreira.Em Abril de 2010 deixou de fazer parte do elenco do Balé Da Cidade De São Paulo para assumir a Direção Artística e Ensaios do Balé Jovem Do Palácio Das Artes de Minas Gerais.
Bailarinos:
- Amanda Santana
- Ariany Dâmaso
- Bruno Rodrigues
- Christiano Castro
- Cibele Soares
- Denner Bispo
- Edmárcio Júnior
- Elton de Souza
- Eugênia Granha
- Gabrielle Salomão
- Hícaro Nicolai
- João Paulo de Castro
- José Alves
- Maíra Campos
- Naline Ferraz
- Rejane Delfino
- Rodrigo Antero
- Sara Marchezine
- Thiago Oliveira
- Willian Paula
- Yasmin Almeida
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